O auditório da Senhora da Boa Nova no Estoril foi o local escolhido para a apresentação do quinto álbum, «O Que Tinha de Ser», do fadista e galerista Salvador Taborda. Entre o público, o artista contou com inúmeras caras conhecidas, familiares e amigos que vieram de propósito apoiá-lo.
«Gostamos sempre de ser apoiados», sublinha.
A sua mãe, Helena Asseca, não podia estar mais orgulhosa do filho e do espetáculo que este deu: «Sou uma mãe o mais atenta possível e a fã número um», partilhou com a Lux, entusiasmada.
Apesar de a sua grande especialidade além da arte, ser o fado, este é um CD completamente diferente dos restantes do seu repertório, pois não tem uma única música de fado: «São coisas que toda a gente conhece.»
Uma ideia que há muito tinha surgido, mas só agora teve oportunidade de colocar em prática: «Já tinha tido esta ideia há bastante tempo, mas quando lancei o outro disco de fado, a minha editora sugeriu isto.» E admite: «O grande problema deste disco foi fazer uma coisa homogénea, porque havia muitos temas. Acho que ficou bom, apesar de ser em várias línguas.»
Esta é uma opinião também partilhada pelo amigo de longa data Marcelo Rebelo de Sousa, que juntamente com a namorada, Rita Amaral Cabral, fez questão de marcar presença.
«Ele tem uma voz com uma versatilidade única. Canta em inglês, francês, italiano, em português de autores brasileiros, canta fado e neste CD não há fado. Tem uma voz lindíssima e os duetos em palco, quer com a Maria João Quadros, quer com a Lara Li foram excecionais. Ele merece o público que teve e o acolhimento que o público em geral vai dar ao CD.»
Para a cantora Lara Li, esta foi uma experiência bastante positiva: «Foi bom! É sempre bom. O público é muitíssimo agradável e sempre simpático. Vim com imenso gosto.»
Longe dos holofotes há mais de uma década, a cantora voltou a presentear os seus fãs com a sua voz, desde que lançou no verão, juntamente com Miguel Braga, o disco «Levemente».
«Precisei de um tempo para mim, de estar sossegada, afastada. Depois o tempo passou tão depressa, que foram logo assim 15 anos», conta.
Antes do dueto com Salvador Taborda, Lara Li entrou a solo e sem qualquer instrumento, usando apenas a voz, ao mesmo tempo que dava leves pancadas no microfone, o que deixou o auditório ao rubro: «É uma brincadeira que levo um bocado a sério, esta coisa do «Barco Negro» só com os batimentos do microfone», explica.
Para Salvador, o balanço de toda a apresentação foi muito positivo, o que também se manifestou na quantidade de CDs autografados que distribuiu no final.
«Acho que correu muito bem e fiz uma coisa que nunca tinha feito. Foi um desafio. E nunca tinha cantado estas coisas num auditório como este. Acho que correu lindamente», assegura.