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Nacional
Redação Lux em 28 de Maio de 2016 às 15:48
Fotos: Recorde as celebrações dos 65 anos de carreira de Vicente da Câmara

«Quero agradecer ao público o favor de estar aqui e agradecer a Deus o poder cá estar.» Foi assim que Vicente da Câmara começou o seu concerto aquando das celebrações dos 65 anos de carreira, em junho de 2013.

Uma celebração numa noite cheia de emoções, em que contou com a presença e o carinho dos filhos e de 15 dos 18 netos.

Ao longo da noite, o fadista fez uma viagem pela sua vida e pelos temas que a marcaram, declarando em cada um o seu amor por Lisboa, e sobretudo pelo rio Tejo: «Nasci em Santa Catarina e tinha três janelas viradas para o rio. Depois, casei e fui viver para a Avenida de Roma. Parecia que estava no estrangeiro (risos). Agora, vivo na Graça e voltei a ter três janelas viradas para o Tejo.»

Uma vida de recordações, que foi partilhando antes de cada tema, histórias que os netos já se habituaram a ouvir e que consideram um legado.

Nesta noite, o avô foi o centro das atenções de uma família que já vai na terceira geração: «Só não vai na quarta porque os mais velhos não se desatam», brinca Vicente.

No palco, ao longo de quase três horas, o veterano fadista partilhou o palco com Zé e Manuel da Câmara, dois dos filhos, e com os 15 netos, que no fim, surpreenderam o avô com uma adaptação do tema «My Way», de Frank Sinatra, com uma letra escrita para o momento.

Habituados a estas andanças, não é a primeira vez que participam num espetáculo com o avô. A música faz parte do dia a dia dos netos de Vicente da Câmara. Todos tocam um instrumento e todos cantam, seja fado ou outros estilos musicais.

«É uma maravilha cantar com os netos. Organizá-los para os ensaios é que eu já não aguento: são as minhas filhas a tratar disso, porque eles falam muito, não estão quietos. Hoje, foi a primeira vez que os dois mais novos cantaram em público», afirmou o fadista.

No final do espetáculo, Vicente assumiu que, 65 anos depois da estreia, ainda se sente nervoso quando canta em público: «Nervos há sempre, mas acalmam-se assim que se entra no palco.»

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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