O caso remonta ao ano 2000, altura em que Paulo Neves, na altura presidente do turismo algarvio, decidiu distribuir cerca de 700 bilhetes para o concerto de Luciano Pavarotti no Algarve. Alguns dos ingressos custavam cerca de 40 contos (cerca de 200 euros).

Segundo o «Expresso» a empresa Tournée, responsável pela organização do concerto do tenor italiano, terá entregue a à região de turismo do Algarve alguns bilhetes para o concerto pois a venda de todos os lugares estaria a ser bastante difícil.

Agora Paulo Neves vai mesmo sentar-se no banco dos réus e enfrentar a acusação do Ministério Público de apropriação indevida de cerca de 700 bilhetes avaliados em cerca de 17 mil contos distribuídos gratuitamente entre os convidados quando a ideia era a de terem sido vendidos através da Região de Turismo do Algarve.

Paulo Neves argumenta que não foi informado de que teria que vender os bilhetes ao invés de oferecê-los, considerando que estaria a contribuir para evitar o «escândalo» de uma plateia pouco preenchida.

Paulo Neves que chegou a acreditar que não viria a ser julgado,após a morte do tenor enganou-se. O julgamento do caso já começou e prossegue esta semana com a audição de várias testemunhas.