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Nacional
Nair Coelho  com Fotos: Artur Lourenço em 14 de Novembro de 2010 às 16:04
Fotos: Helena Sacadura Cabral lança novo livro, «Mulheres que Amaram Demais»
«Neste livro, os homens são meros pormenores.» Quem o diz é

António Pires de Lima, convidado para apresentar o mais recente livro de Helena Sacadura Cabral.

Em «Mulheres que Amaram Demais», a jornalista e escritora conta a história de nove mulheres, cujas vidas marcaram o século XX.

«É um livro divertido, picante sem roçar a vulgaridade e, acima de tudo, de história. Com ele, concluímos que são mesmo as mulheres que mandam no mundo», afirmou, divertido, o empresário que esteve ao lado da escritora no dia do lançamento, que se realizou no El Corte Inglés, em Lisboa.

Rodeada por muitos amigos de longa data e acarinhada pelo filho mais novo, Paulo Portas, naquele fim de tarde, Helena Sacadura Cabral espalhou a alegria e o riso que lhe são tão característicos. Ainda assim, faltou-lhe a presença de Miguel Portas, que se encontra em Bruxelas, onde vive e exerce a função de eurodeputado.

Habituada à distância que a separa do filho - que foi operado a um tumor maligno no pulmão direito, há cerca de cinco meses -, a escritora disse que Miguel Portas «está francamente melhor».

«O Miguel é muito rijo, é uma pessoa com muita força. Resolvida não está, uma doença destas é uma coisa que se tem de tutelar, tem de se aprender a viver com ela», afirmou, acrescentando ainda que o filho já deixou de fumar.

«Deixou, mas aqui há uns anos ele já tinha deixado de fumar, depois veio a política e vieram as consequências.»

Agora, além das saudades do filho, a autora tem de aprender a lidar com a ausência do neto mais velho, de 17 anos, que já começou as aulas de Arquitetura.

«Foi para Bruxelas e está a viver com o pai. Faz-me cá muita falta, porque me fazia muita companhia! Foi uma surpresa, até porque antes queria ser gestor e, de repente, quer ser arquiteto. Custa um bocadinho, mas hoje em dia o Skype e os telemóveis fazem com que não haja distâncias! (risos)»

Em relação à disciplina com que gere o seu trabalho diariamente, Helena Sacadura Cabral confessa, divertida: «Sou germânica e tenho horários germânicos! Levanto-me muito cedo e deito-me muito tarde. Às 08h00 estou no computador e por lá fico até às duas da manhã, com alguns intervalos. Não me imagino sem tanto para fazer. Acho que vou morrer de pé, como as árvores, e a família agradece! (risos)»

Quanto a «Mulheres que Amaram Demais», a escritora diz ter «um bocadinho de todas elas».

«Acho que o amor nunca é excessivo, tudo o que seja amor é bom. Houve alturas em que a profissão ocupou mais tempo e outras em que era o contrário. Mas, paciência, ou não seria a mãe encantadora que sou! (risos).»

Paulo Portas que o confirme, pois ajudou a mãe na escolha de uma das mulheres protagonistas do livro: «Às vezes, quando a minha mãe discute alguma coisa sobre os livros dela, nós damos opinião. Não temos o atrevimento de a dar por nós próprios (risos). Fomos educados sob o princípio de que é preciso respeitar quem tem mais experiência, quem cá anda há mais tempo. Se nos perguntarem a opinião, nós damos. Hoje, nem que estivesse a acontecer uma tormenta inultrapassável eu deixaria de estar aqui!»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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