A presidente do Instituto Camões lamentou hoje (27) a morte de Vasco Graça Moura e realçou a sua importância na cultura portuguesa, da edição de clássicos, à tradução de grandes poetas e à dimensão de escritor, poeta e romancista.
«Uma grande perda, um grande homem e ficamos todos de luto», disse à agência Lusa Ana Paula Laborinho, acrescentando que «era, de facto, uma figura fundamental da cultura portuguesa, mais recentemente à frente do Centro Cultural de Belém, também aí procurando imprimir essa orientação» no sentido da sua valorização.
O escritor e tradutor Vasco Graça Moura, de 72 anos, presidente do Centro Cultural de Belém desde janeiro de 2012, morreu ao fim da manhã de hoje, em Lisboa, devido a um cancro.
Ana Paula Laborinho fez questão de salientar a dimensão do autor como escritor, poeta, romancista, mas, «em primeiro lugar, a sua relação com a poesia».
Vasco Graça Moura «teve uma enorme importância em diversas dimensões e, em primeiro lugar, não posso esquecer o que fez à frente da Imprensa Nacional Casa da Moeda, editando muitos dos clássicos, criando e recriando uma tradição de conhecimento que estava perdida», referiu a presidente do Instituto Camões da Cooperação e da Língua.
Realçou também o papel de Vasco Graça Moura como tradutor, «porque só um grande poeta pode traduzir grandes poetas, e ele traduziu grandes clássicos, e a extraordinária qualidade dessas traduções só pôde existir porque ele também era um grande poeta», disse citada pela Lusa.