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Resurfacing
Pés de Galinha
Redação Lux  com Rui Oliveira Soares em 18 de Dezembro de 2010 às 12:03
O que é?

O termo anglo-saxónico resurfacing significa destruição controlada das camadas superficiais da pele da cara. Controlada, porque é possível determinar a profundidade de destruição, permitindo poupar a parte mais profunda dos folículos pilosos, onde se encontram células que permitem regenerar as camadas superficiais da pele.

Para que serve?

Esta técnica, que não é nova, pode ser útil na melhoria de cicatrizes, rugas, manchas e lesões superficiais da pele (queratoses actínicas e lêntigos, por exemplo).

Como se faz?

A destruição pode ser efetuada de forma mecânica - dermabrasão, química -, resurfacing químico (com ácido tricloroacético, ácido glicólico, fenol, etc.) ou usando laser ablactivo (Erbium ou CO2).O que estes métodos fazem é essencialmente o mesmo, devendo contar para a escolha, sobretudo, a experiência do médico com cada um. Em Portugal, os médicos com formação específica para efetuar estas técnicas são os dermatologistas e os cirurgiões plásticos.

Quem pode beneficiar de resurfacing?

1. Pessoas com acne já curado medicamente, mas nas quais persistem cicatrizes. O método pode melhorar em muito a estética, ao diminuir a profundidade das depressões. Algumas cicatrizes muito fundas (ice peaks) carecem de outros métodos além deste (excisão, soltar na profundidade a cicatriz e enchimento).

2. Quem tem pele envelhecida. O resultado será melhor se o envelhecimento for sobretudo solar. Além de eliminar manchas de envelhecimento e rugas superficiais (não as de expressão), provoca remodelação e deposição de novo colagéneo na derme superficial. A pele melhora em cor, textura e elasticidade.

3. Pessoas com manchas pigmentadas extensas da face (melasma). Embora o método seja eficaz a eliminar as manchas, a repigmentação é a regra no médio prazo. Preferimos, atualmente, para esta situação, utilizar preparados que envolvem três componentes - hidrocortisona, ácido retinóico e hidroquinona - com efeito de melhoria das manchas mais lento mas mais duradouro.

Que problemas pode causar o resurfacing?

Durante o procedimento, a dor é controlada com sedação e anestesia local. No pós-operatório imediato (primeiros dias) são próprios do procedimento dor moderada, inchaço, erosões e crostas, que podem ser minoradas com medicação. O efeito adverso mais comum é a hiperpigmentação transitória, acastanhada (semanas a meses). A vermelhidão persistente (até três meses) é menos frequente. Infeções e cicatrizes são complicações raras.

Em quem deve evitar-se o resurfacing?

Pessoas de pele escura. Pessoas que tomam determinados medicamentos (por exemplo, isotretinoína). Predisposição a cicatrizes anormais. Doença cardíaca, renal ou hepática grave e distúrbios psiquiátricos exigem avaliação cuidada antes de se decidir pelo tratamento. Também a expetativa irrealista de resultados por parte do doente deve dissuadir o clínico de efetuar o procedimento.

Em que altura se deve efetuar?

De preferência, no início do inverno, mas pode efetuar-se até ao fim de março. Nunca antes ou durante o verão. O motivo é que a exposição à radiação ultravioleta aumenta o risco de hiperpigmentação transitória.

Que outras alternativas há, cientificamente credíveis, para obter um efeito parecido no combate ao envelhecimento cutâneo?

Laser não ablactivos: atualmente, existem aparelhos capazes de provocar microdestruição em pontos separados da derme, levando a remodelação de colagéneo nesta última. Quem os comercializa afirma que se obtêm os resultados de um resurfacing sem provocar dor, erosões e crostas. No entanto, os resultados são piores que os do resurfacing no que respeita a atenuar irregularidades, manchas e cicatrizes. Outros aparelhos de laser (por ex., nd Yag) e outras técnicas (por ex., radiofrequência) permitem obter remodelação de colagénio na derme superficial, mas não obtêm efeitos nem tão imediatos nem tão espetaculares como o resurfacing.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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