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O que é a lipoaspiração?
Lipoaspiração
Redação Lux  com Francisco Campos em 26 de Junho de 2010 às 09:06
A lipoaspiração é uma intervenção cirúrgica, invasiva como qualquer outra, destinada a remover gordura localizada e indesejada. Aquela que o exercício físico e as dietas não conseguem eliminar. Esta gordura é sempre removida por uma cânula ligada a um aspirador.

É uma intervenção universal e aprovada há mais de trinta anos pela Food and Drug Administration. Não há muitos métodos ou técnicas de aspirar gordura localizada. Cada cirurgião plástico defenderá «a sua dama»...

Eu defendo a lipoaspiração ultrassónica (LU), porque a considero, de entre os métodos aspirativos de gordura localizada, o mais avançado, seguro e selectivo. Além disso, em minha opinião, os resultados são claramente superiores aos de outras técnicas.

O que lhe confere esta segurança e esta selectividade deve-se a factores que nenhum outro processo tem. As células gordas, os adipócitos, como qualquer célula, estão mergulhadas num líquido, chamado líquido intersticial; é neste líquido que ocorrem as trocas de elementos, oxigénio e outros, entre os capilares que ali existem (arteriais e venosos, os linfáticos começam ali, em fundo de saco) e as

células, o que nos permite viver com equilíbrio do nosso meio interno.

Quando uma solução anestésica hipotónica (soro fisiológico, água) é infiltrada por baixo da pele, no líquido intersticial em áreas de tecido gordo previamente delineadas, esta solução entra nas células através da suas membranas e faz com que estas «inchem» muito, ficando como um balão cheio de água, pronto a rebentar, se se lhe tocasse com uma agulha.

Na lipoaspiração ultrassónica, este «efeito da agulha» é realizado por vibração ultrassónica (não audível

pelo ouvido humano), produzida por uma fina sonda de titânio introduzida naquelas áreas e que destrói, selectivamente, apenas as membranas das células gordas (é isto que a distingue de outros métodos), passando o seu conteúdo para o líquido intersticial, onde é aspirado sob baixa pressão, com um mínimo de traumatismo cirúrgico.

Não havendo destruição dos pequenos vasos, ao contrário do que acontece com outras técnicas de lipoaspiração, a perda de sangue não é clinicamente significativa, pelo que hematomas não acontecem, e a existência de equimoses é mínima.

O mesmo se passa com o risco da embolia gorda, que há na lipoaspiração tradicional, e com outras técnicas.

Os efeitos calóricos produzidos pela sonda, quando aplicada imediatamente abaixo da pele, originam o aparecimento de fi broblastos, o que faz com que a pele se retraia de forma uniforme, evitando-se assim a sua queda ou as tão frequentes ondulações e depressões.

A operação é realizada com anestesia local e sedação. Não se recorre a anestesia epidural ou geral, porque o doente tem de estar em estado dinâmico, dada a necessidade da sua mobilização constante na mesa operatória. Durante e depois da intervenção, é feita a prevenção da infecção e de fenómenos tromboembólicos, pelo que não existe o risco de estas complicações ocorrerem.

A duração da operação depende das áreas que vão ser operadas. Não se deixam drenos. As incisões são tão pequenas que, em regra, não precisam de ser suturadas.

No fim, é colocada uma cinta compressiva, para ser usada durante sete dias, o que ajuda a diminuir o edema e dá conforto.

Não é necessário internamento e o doente tem alta algumas horas depois da cirurgia.

O pós-operatório, em regra, não é doloroso e a dor e o desconforto que possam existir são tratados com medicação em casa. Dois dias depois da cirurgia, o doente retoma a vida habitual (de forma quase normal).

O edema pós-operatório diminui após o sétimo dia e o resultado está estabelecido um mês depois.

A técnica da drenagem linfática é aconselhada depois da primeira semana.

Um mês depois da cirurgia, o doente já pode ir à praia e apanhar sol sem restrição.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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