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Aumento mamário
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Redação Lux  com por Francisco Campos em 3 de Abril de 2010 às 10:01
O aumento mamário é uma intervenção cirúrgica destinada a aumentar o tamanho e o volume das mamas, através da implantação de próteses de silicone. O objectivo desta operação é obter um resultado natural, mesmo que se faça um aumento considerável.

É muito importante que uma doente tenha uma perspectiva realista acerca do aumento mamário, porque não se pode olhar para uma mulher e pensar: «Aquela tem próteses...»

Esta intervenção só é possível e só tem indicação quando o complexo areolomamilar (mamilo) se situa acima do sulco mamário.

A escolha das próteses deve ser exigente; só devem ser utilizadas aquelas que são aprovadas pela Food and Drug Administration, cujo fabricante garanta e se responsabilize pelo seu carácter vitalício, para que não haja lugar «à tal manutenção»... As de forma anatómica, que em geral uso, são consideravelmente mais caras do que as redondas, mas o resultado é natural, não dando o aspecto de «bolas».

A operação é feita sob anestesia geral balanceada com máscara laríngea, para segurança total e conforto da doente. A alta é dada algumas horas depois, pelo facto de não haver necessidade de colocar drenos.

A prótese deve ser sempre colocada pelo sulco mamário (através de uma incisão de três ou quatro centímetros) que, por ser uma prega natural de pele, rapidamente torna a cicatriz imperceptível.

O tamanho da prótese é determinado pela vontade da doente e pela colocação intracirúrgica de ensaios, o que permite obter um tamanho ideal. Esta técnica (a do sulco mamário) é a mais segura, não tem complicações e é a mais utilizada hoje, em todo o mundo.

É sempre possível colocar, e coloco, as próteses atrás da glândula mamária, portanto à frente do músculo Grande Peitoral. Atrás do músculo, as próteses estão sujeitas à sua contracção, o que denuncia a operação por as elevar, mesmo num simples gesto como o de lavar os dentes.

O pós-operatório não é incapacitante nem doloroso; algum desconforto que possa acontecer é atenuado por medicação e pelo uso de um soutien compressivo de desporto, cujo uso é obrigatório durante três semanas. A pele é suturada por dentro e não há necessidade de tirar pontos.

A doente só deve conduzir três ou quatro dias depois da operação. Exercício físico que envolva a grade costal e os membros superiores é interdito durante três semanas. Em ocasião alguma, durante este tempo, as mamas deverão ser massajadas. Um mês depois, as próteses deixam de se «sentir» à palpação.

O site da Universidade de Yale, nos EUA, mostra um estudo feito a longo prazo, que considera que a cirurgia efectuada pela via hemiareolar (mamilo) é a que mais graves complicações produz: alterações da sensibilidade, contaminação bacteriana das próteses com formação de contractura capsular, imagens quísticas por rotura de tubos galactófaros, imagens de calcifi cações, etc.

É quase sempre necessário deixar drenos. Segue-se a via axilar, muito traumática e com elevado risco de colocação deficiente das próteses, caracterizando-se por deixar as mamas com um pólo superior exagerado e quase sem pólo inferior. É sempre necessário deixar drenos e o pós-operatório é muito incapacitante. Não são técnicas recomendadas pela FDA.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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