O imperador do Japão Akihito vai abdicar do trono a 30 de abril de 2019.
Trata-se de uma decisão inédita, a primeira renúncia imperial no Japão em mais de dois séculos. Akihito, de 83 anos, que reina há quase três décadas, manifestou, no ano passado, vontade de se retirar devido à idade avançada e problemas de saúde. A lei japonesa não previa a abdicação do imperador, já que esta é uma função considerada vitalícia, o que causou alguma polémica.
Em junho passado, o parlamento japonês aprovou uma lei que autorizava Akihito a abdicar do trono devido à idade, no prazo de três anos após a promulgação do texto.
"Decidimos que a aplicação [da lei especial que permite a abdicação do imperador] deverá acontecer a 30 de abril de 2019", anunciou agora o primeiro-ministro nipónico Shinzo Abe, acrescentando: ""O Governo fará tudo o possível para que a população japonesa possa celebrar a abdicação do imperador e a sucessão pelo príncipe herdeiro".
Seguindo o princípio da sucessão exclusivamente masculina ao trono, o trono será passado ao filho mais velho do imperador, o príncipe Naruhito, de 57 anos, que deverá assumir as funções no dia seguinte.