Ramin Mehmanparast, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, garantiu à Press TV, uma estação televisiva iraniana, que Sakineh Ashtiani não vai ser apedrejada até à morte.



Ramin adiantou ainda que «as leis sobre os assuntos extraconjugais estão a ser revistas e que está a ser feita uma investigação profunda para podermos chegar a um veredicto final.»

O advogado de Sakineh Ashtiani não confirmou o anúncio da retirada da sentença. Em declarações à agência AFP afirmou não haver alterações no caso de Ashtiani e que a mulher continua na prisão de Tabriz, local onde está detida desde 2006.



O anúncio de Ramin Mehmanparast, surge um dia depois do Parlamento Europeu (PE) ter censurado, em Estrasburgo, veementemente a condenação à morte por lapidação de Sakineh Mohammadi Ashtiani, considerando a decisão do tribunal iraniano «injustificável e inaceitável».

«Independentemente dos factos, este tipo de punição nunca pode ser justificável ou aceitável», afirmam os eurodeputados numa resolução sobre a situação dos direitos humanos no Irão.

Na declaração política aprovada por 658 votos a favor, 1 contra e 22 abstenções os deputados europeus instaram as autoridades iranianas a retirar as sentenças proferidas no caso de Sakineh Mohammadi Hasteai e a proceder a uma reavaliação exaustiva do mesmo.

Sakineh Mohammadi Ashtiani tem 43 anos e é mãe de dois filhos. Depois de ter sido considerada culpada de adultério, a pena de morte por apedrejamento é uma decisão aprovada pelo Supremo Tribunal do Irão.