Começou esta segunda-feira, em Los Angeles, o julgamento da morte de Michael Jackson, avança a
AFP.
Brian Panish, o advogado da família do cantor, representada pela mãe, acusou a produtora dos espetáculos de ter colocado as suas ambições acima do bem estar de Jackson e ainda de negligência por ter contratado Conrad Murray para tratar do cantor.
O advogado relembrou a dependência de Michael Jackson de medicamentos e drogas e afirmou que «a AEG ignorou os sinais de alerta óbvios».
«Michael Jackson, o doutor Conrad Murray e a AEG Live: cada um teve um papel no resultado final, que foi a morte de Michael Jackson. Mas sem a AEG nada disto teria acontecido», afirmou.
Por seu turno, o advogado da defesa, Martin Putman, fez saber que o caso vai trazer à tona «coisas feias» sobre Jackson.
«É um caso sobre o que é público e o que é privado, sobre o que mostramos ao mundo e o que não queremos que o mundo nunca veja. Com o Michael Jackson, o público e o privado são dois mundo muito distintos. Vamos expor coisas feias. Não será uma imagem bonita», alertou.
A ação contra a AEG foi interposta por Katherine Jackson, de 82 anos, em nome dos filhos do cantor: Prince, de 16; Paris, de 14; e Blanket, de 11.
Os dois filhos mais velhos podem ainda ser chamados a testemunhar, tal como alguns dos amigos de Michael Jackson, como Quincy Jones, Diana Ross e Spike Lee, e as suas duas ex-mulheres Lisa Marie Presley e Debbie Rowe.
O médico Conrad Murray também pode ser convocado, mas já fez saber que não comparecerá, para não atrapalhar o recurso apresentado pelo seu advogado contra a sua prisão.