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Redação  com Irene Pinheiro em 15 de Março de 2009 às 05:04
ModaLisboa: os dois «Ricardos» desfilaram no terceiro dia
Redação  com Irene Pinheiro em 15 de Março de 2009 às 05:04
Um bosque. Uma passerelle repleta de folhas, pequenas árvores e flores acolheu o desfile de Ricardo Preto, no terceiro dia do ModaLisboa, na Cidadela de Cascais. O cenário, assinado por Maurício - Em nome da rosa, retratava um pequeno bosque, um ambiente pensado pelo criador para apresentar o look da mulher no próximo Inverno, ao som de Dexter, Cláudia Éfe e Carlos Morgado.

Num ambiente muito romântico a modelo Flor abriu o desfile de Ricardo Preto. A inspiração vem dos anos 40 mas também do mundo actual. Ricardo Preto apresentou uma colecção que reflecte a alma de uma época onde a mulher evoca a sua feminilidade absoluta.

Galeria: todas as fotos dos desfiles de Ricardo Preto e Ricardo Dourado



A silhueta feminina proposta por Ricardo Preto é discreta e esguia, mas ao mesmo tempo sóbria e austera. A mulher idealizada pelo criador é moderna e culta.

A colecção de homem acompanha a inspiração do criador para a silhueta feminina. O companheiro daquela mulher é um homem responsável mas descontraído, que conserva a pureza de menino sem abdicar da sua masculinidade.

A paleta é variada: azul, castanho, preto, branco, bege e cinzentos contrastam com o amarelo e o encarnado.

O desfile terminou com uma breve entrada do estilista na passerelle.

É tempo de limpar a sala, distribuir centenas de revistas e publicidade pelos lugares. As assistentes de sala não têm mãos a medir e têm que agir rápido para deixar a sala num «brinquinho» e pronta para o desfile que se segue.

E segue-se Ricardo Dourado. O jovem estilista, natural de Cabeceiras de Basto, apresentou uma colecção preocupado com a crise económica.

A colecção inspira-se nos ano 30, fortemente marcada pela queda da bolsa de valores de Nova Iorque e pelo início da 2ª Grande Guerra. Mas como vivemos actualmente num período de crise económica, Ricardo Preto achou por bem «construir uma colecção numa base criativa mas pragmática. Ou seja mantendo a sofisticação, o carácter feminino e os pormenores de valor acrescentado das peças, mas sobre um orçamento definido e mais apertado».

Ricardo Preto olhou para a década de 30, altura em que as senhoras faziam vestidos de lençóis porque não tinham dinheiro para comprar sedas, faziam um risco na parte de trás das pernas porque não podiam comprar collants. Partiu dessa matriz e transportou-a para os dias de hoje.

Apostou nos tons escuros e nas peles. Mas falsas. O estilista adiantou ao «Moda e Social» que é um defensor dos direitos dos animais e jamais usaria peles verdadeiras nos seus modelos. Os fechos ajudam a dar graça a alguns dos modelos propostos.

O terceiro dia da 32ª edição do ModaLisboa arrancou às 15h00 com o desfile de Sara Lamúrias e o projecto Aforest-Design. A estilista apresentou propostas que fundem objectos e cruzam funções. A colecção apresentou ainda um conjunto de malhas desenvolvido em parceria com a Universidade da Beira Interior.

A colecção de Lara Torres foi apresentada logo de seguida. A estilista «pegou» em várias peças de colecções anteriores e fez uma remontagem. Tudo para reconsiderar o seu caminho através delas. A estilista define-a como uma colecção de interrupção.

A dupla White Tent constituída por Evgenia Tabakova e Pedro Noronha-Feio partiram das armaduras medievais, para criar a colecção feminina para o próximo Inverno.

Veja o vídeo com os desfiles e as entrevistas aos designers de moda



Texto: Irene Pinheiro

Imagem: Paulo Sampaio
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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