O escritor Mario Vargas Llosa alertou hoje (22) para os perigos da «sociedade do espetáculo» que vivemos e a ditadura da tecnologia, tendo defendido uma literatura que «mantenha o espírito crítico, sem a qual desapareceria a liberdade».
O escritor hispano-peruano falava na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, depois de ter recebido o grau de Doutor Honoris Causa daquela instituição, apadrinhado por Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho geral da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e proposto pelo poeta e catedrático Nuno Júdice, que fez o elogio académico.
«A literatura é um prazer, mas se for apenas isso, provavelmente empobrecia na sociedade algo de que depende, na sua essência, o progresso humano, que é o espírito crítico», afirmou Llosa, citado pela agência Lusa.