Bem ao seu estilo e vestido a rigor, José Castelo Branco marcou presença no Tribunal de Famalicão ao lado da mulher, Betty Grafstein, para testemunhar no âmbito do julgamento do empresário João Ferreira, acusado de violência doméstica e posse de armas. O seu testemunho era crucial para provar se a mulher do empresário teria ou não sido obrigada a participar em orgias, nas quais o marchand também esteve presente. Perante o coletivo de juízes, José Castelo Branco disse não ter memória do que aconteceu, embora perante a evidência das imagens do vídeo existente, já não negue ter participado no encontro sexual. E acredita ter sido drogado e manipulado.

«Só me recordo de estar no quarto do Hotel Ritz e de o Ulisses, o cabeleireiro, me perguntar se estava drogado e de a seguir ter ido dormir. A partir daí não me lembro de mais nada», disse o marchand, que falou com Manuel Pinto Coelho, médico especialista em toxicologia, para tentar chegar à verdade sobre o que realmente aconteceu.

«Numa das consultas, comecei a chorar porque não conseguia perceber como é que era eu que estava naquele vídeo! Disse-me que devem ter posto alguma coisa na minha bebida e daí não me lembrar de nada», afirmou, referindo-se à «droga do amor», substância química que causa amnésia após o seu efeito. «Isso não era mau se me tivesse acontecido com um Brad Pitt ou uma Angelina Jolie, mas não tive sorte nenhuma! É um quadro tão feio! Estou sob o efeito de drogas e estava a ser manipulado. Fui um boneco e fui usado. Se há aqui uma vítima sou eu.»

Recusado o pedido para visionar o vídeo do encontro sexual no tribunal, por este não ser considerado prova no processo, José Castelo Branco, que foi ouvido durante cerca de 30 minutos, prepara-se para agir judicialmente.

«O feitiço agora virou-se contra o feiticeiro! Vou processar tudo e todos os responsáveis por esta vergonha. Como a Betty disse, era preferível porem-nos em Times Square e matarem-nos com metralhadoras», completou.