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Nacional
Mandela: Mário Soares recorda amigo como homem excecional
Mário Soares (Lusa)
Redação Lux em 14 de Dezembro de 2013 às 14:53
O antigo Presidente da República Mário Soares recordou hoje «o amigo» Nelson Mandela como um homem excecional e uma figura que conseguiu marcar o mundo inteiro.

«Foi um homem de liberdade, que lutou contra o colonialismo e defendeu os valores da paz, da igualdade e da fraternidade», declarou Mário Soares, numa homenagem em Lisboa ao antigo Presidente sul-africano, que morreu no dia 05 de dezembro aos 95 anos.

Algumas dezenas de pessoas juntaram-se hoje na Igreja de São Jorge, em Lisboa, para um tributo a Mandela, cerimónia promovida pela embaixada sul-africana.

No discurso proferido na cerimónia, Mário Soares lamentou que, no momento da morte do herói da luta contra o apartheid, muitos tenham «tentado utilizar a figura de Mandela».

«No momento da sua morte, todo o mundo esteve ao seu lado, os bons e os maus, os que lutaram por boas causas e os que não lutaram por boas causas. Houve muita gente que quis utilizar Mandela. É triste, não se deve fazer isso», afirmou o antigo Presidente português.

Contudo, para Soares, quem não acredita nem partilha dos valores da liberdade, da igualdade e a solidariedade não compreende nada do que foi Nelson Mandela.

«Tive a honra de ser seu amigo», declarou o antigo Presidente, recordando que visitaram juntos «grande parte da África do Sul», quando ambos representavam os seus países.

Da cerimónia de homenagem a Mandela que juntou líderes mundiais em África do Sul, Mário Soares reteve a presença silenciosa dos responsáveis europeus.

«Não foi por acaso que estiveram representantes de todo o mundo, mas os da Europa foram postos num sítio e ninguém falou. Não era útil que ninguém falasse. Como europeu que sou, tenho pena que ocorresse, mas foi bem feito ter ocorrido como ocorreu», declarou.

O histórico socialista lembrou ainda o aperto de mão entre o Presidente norte-americano, Barack Obama, e o chefe de Estado cubano, Raúl Castro, considerando que foi «um gesto de paz extraordinário».

«É preciso continuar o que Mandela nos ensinou», apelou Soares.

Na homenagem promovida pela embaixada da África do Sul, em Lisboa, que decorreu na Igreja anglicana de St. George, participaram embaixadores de vários países, bem como o imã da Mesquita de Lisboa, David Munir.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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