Afonso Dias vai ter de cumprir três anos de prisão pelo rapto de Rui Pedro, a criança de 11 anos que desapareceu em Lousada em março de 1998, após o Tribunal Constitucional (TC) ter recusado o recurso da defesa.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Gomes, advogado de Afonso Dias, disse ter sido notificado hoje da decisão do Tribunal Constitucional (TC), acrescentando terem-se esgotado os recursos, pelo que o seu cliente terá agora de cumprir três anos de prisão, pena que lhe foi aplicada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
O camionista fora absolvido no primeiro julgamento pelo Tribunal de Lousada, mas depois condenado pela Relação do Porto e pelo STJ.
O advogado dos pais de Rui Pedro considerou hoje que esta decisão do Tribunal Constitucional coloca um «ponto final numa longa luta de mais de 15 anos», mas que o objetivo continua a ser o de saber «onde está» o jovem desaparecido em 1998, em Lousada.
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Sá Fernandes referiu que a decisão do Tribunal Constitucional (TC), que obriga o arguido Afonso Dias a ter de cumprir três anos de prisão pelo rapto de Rui Pedro, é «uma decisão esperada» e um «consolo para a família» do jovem desaparecido, mas que «não é ainda o objetivo final» de saber «onde está o Rui Pedro».
O culminar deste processo jurídico com esta decisão do TC, adiantou o advogado, é também o resultado da "persistência" dos pais de Rui Pedro, que nunca desistiram de lutar para que a justiça funcionasse, embora de forma tardia.