O escritor mexicano José Emilio Pacheco ganhou hoje o Prémio Cervantes, o maior galardão das letras hispânicas.
A decisão do júri foi anunciada pela ministra da Cultura espanhola, Ángeles González-Sinde, em conferência de imprensa.
O prémio tem uma dotação de 125.000 euros e foi criado em 1975 pelo ministério da Cultura para distinguir um escritor que, pelo conjunto da sua obra, tenha contribuído para enriquecer o legado literário hispânico.
José Emilio Pacheco, hoje distinguido com o Prémio Cervantes, nasceu na Cidade do México em 1939, é ficcionista, tradutor e poeta com uma obra, nesta última área, incluída desde os anos 50 nas principais antologias latino-americanas.
Para o autor mexicano, escrever poesia «é uma forma de resistência contra a barbárie», a mesma que frequentemente encontra numa Cidade do México que é «um lugar inóspito, a perfeita desconhecida», como escreve em «A la extranjera», poema do livro «La edad de las tinieblas» (2009).
No ano passado obteve o Prémio Rainha Sofia de Poesia ibero-americana. Em Portugal tem traduzida a colectânea de contos «As batalhas no deserto», edição da Oficina do Livro.