João Moura, de 51 anos, tem 34 de alternativa, uma carreira que lhe granjeou o título do melhor toureiro de Portugal e que faz questão de defender com toda a honra e o brio que lhe são conhecidos sempre que entra numa arena. Porém, esta postura não parece ter chegado para combater as dívidas que foi acumulando nos últimos anos e que já ascendem aos milhares de euros. O seu nome consta, inclusive, da lista de contribuintes singulares que devem ao fisco.

Neste caso concreto, João Moura integra o segundo escalão, ou seja, aquele que compreende valores entre os 25 e os 50 mil euros de dívida. Contudo, não se fica por aqui. A esta dívida que já é pública acrescem ainda 400 mil euros consequentes, sobretudo, da sua atividade empresarial.

O toureiro é empresário em nome individual, sendo a sua principal área de atuação a agricultura e a produção animal. João Moura detém, também, a empresa de espetáculos tauromáquicos Verónicas e Piruetas. Em julho deste ano, a sua mulher, Filipa Telles de Carvalho, confessava à Lux as dificuldades que envolvem esta paixão do marido. «Os dias de hoje não estão para andar a tourear. Isto é uma profissão que exige muito dinheiro. Ou se está no topo da fasquia ou então, quem está a meio, ganha um ordenado que não rende nem para metade das despesas. Porque tem de se dar comida e bebida aos cavalos, há os gastos com os tratadores, com o gasóleo... São milhares de euros por mês», assegurava.

A Lux contactou João Moura e a sua mulher, Filipa Telles de Carvalho, que se escudaram no silêncio. Uma postura que mantêm por aconselhamento dos seus advogados.

Os próximos tempos não se adivinham, assim, muito fáceis para o toureiro.