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Nacional
Mariama Barbosa fala pela primeira vez sobre o diagnóstico e a sua luta contra um cancro no estômago
Mariama Barbosa Foto: Tiago Frazão/Lux
Rita Pacheco em 19 de Maio de 2022 às 10:00

No início do ano, a vida de Mariama Barbosa, de 47 anos, virou-se do avesso, depois de lhe ter sido diagnosticado um tumor maligno no estômago. Apesar dos naturais momentos de medo e de alguma revolta que diz ter sentido, a relações-públicas viu-se rodeada de amor, da família, dos amigos, do ex-companheiro e do filho, Zé Maria, de 11 anos, o que lhe tem dado ainda mais força e determinação para vencer a doença.

No programa de Júlia Pinheiro, na SIC, Mariama falou de como tem vivido o processo desde que recebeu o diagnóstico: “É muito difícil, porque primeiro temos medo”, começou por dizer, explicando depois que os sintomas começaram por ser leves, pouco antes no Natal, com pequenas indisposições quando comia.

Antes do ano novo, Mariama Barbosa marcou exames por estar a estranhar o desconforto que sentia sempre que comia, mas antes de os fazer começou a ter dores mais agudas. Foi depois de uma endoscopia que o tumor foi detetado. Quando soube o diagnóstico “chorei… e pensei logo no meu filho… Revoltei-me um pouco na altura em que soube e perguntei, porquê eu? Tenho um filho pequeno e com estas complicações todas, porque tenho metástases, mas pensei que não posso estar revoltada, porque não ajuda a vencer isto”. Seguiram-se os dias no hospital para análises, exames e quimioterapia: “Quando se é atirado para a cama de um hospital com um diagnóstico muito grave, fica-se muito perdida e é um caminho que vamos aprendendo… Tem sido difícil. A primeira quimio que fiz ainda estava internada e foi horrível. Depois saí do hospital, fui para casa e comecei a fazer no IPO, e entrar lá foi difícil, senti medo e senti que era a minha nova realidade e chorei imenso.”

Depois das primeiras sessões, passou a encarar tudo de forma diferente: “Faço o meu styling, como se estivesse a ir trabalhar ou a levar o Zé à escola… se calhar, no último tratamento vou de lantejoulas [risos]”, diz com a boa disposição que a carateriza, ao mesmo tempo que assume: “Se não for encarado desta maneira é muito difícil, porque a cabeça muda muito. É muito fármaco, muito químico e muita coisa a acontecer num corpo que nunca recebeu isso. E pôr-me na minha normalidade ajuda-me.”

O filho também é uma força fundamental em todo o processo. “Tem muita força. É um rapaz muito doce, muito meigo, introvertido também... Quero que seja um rapaz de caráter, com muito amor para dar”, diz Mariama, que tem contado também com o apoio incondicional do pai do filho: “É um homem maravilhoso. Vive em Antuérpia e vem para cá para estar ao lado do Zé e ao meu lado, e ajudar-nos a passar esta caminhada, para o nosso filho poder ter uma estabilidade. Não há nada que pague um homem ter uma vida feita, não somos casados, não somos um casal, mas somos pais, somos uma família, amigos e cúmplices e ele vem para cá, mudar a vida dele toda para estar ao nosso lado, para o filho ter uma caminhada mais natural.”

Apesar de, fisicamente, haver dias piores e melhores, Mariama continua a gravar o seu programa “Tesouras e Tesouros” e não poupa elogios aos colegas: “Esta equipa é uma família e está toda sintonizada com amor”, diz a relações-públicas para quem a frase que usa desde sempre como uma máxima de vida faz agora mais sentido do que nunca: “Não estava à espera deste amor e só o amor é que interessa.”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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