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Nacional
Eduardo Beauté e Luís Borges esclarecem ligação com menino de 15 meses através de comunicado
Eduardo Beauté e Luís Borges Fotos: Artur Lourenço/Lux
Redação Lux  com AM em 30 de Agosto de 2011 às 13:09
Eduardo Beauté e Luís Borges esclareceram, esta segunda-feira, a ligação com o menino de 15 meses com quem têm sido fotografados através de um comunicado.

«A criança, de nome de registo Hélder Lisandro e, que desde que ficou a intenção de ficar ao nosso cuidado decidimos chamar de Bernardo, por ser um nome com que mais nos identificávamos, algo que fizemos com o acordo da sua família, tem efetivamente 15 meses de idade, apresenta sintomas de Trissomia 21 e tem família natural identificada e com quem nos relacionamos. Por dificuldades de índole socioeconómica da mãe, a criança foi por esta entregue aos cuidados de uma tia-avó que dela passou a cuidar quase exclusivamente. A dita tia-avó do Hélder (...) depois de ter acompanhado as nossas vidas através de entrevistas e notícias (...) apresentou-se no nosso espaço de trabalho, acompanhada da criança e com o pretexto de podermos ser as pessoas ideais para assegurar a educação e futuro do menino. Situação que de início nos assustou, mas que depois de muitas e insistentes conversas acabámos por nos entusiasmar e concretamente nos pareceu exequível ao presenciarmos conversas telefónicas entre a dita tia-avó e a mãe do menino onde existia e era notório o consenso e consentimento dessa, neste assunto delicado, porque esteve sempre em causa e em primeiro lugar o interesse do Hélder.

Cumpre esclarecer que foi sempre nossa intenção providenciar as melhores condições ao adequado desenvolvimento e educação do menino, o que nesta fase da vida dele se prende essencialmente com a garantia de suprimento das suas necessidades básicas e específicas dado a sua reconhecida situação somática, não estando subjacente a esta postura qualquer intenção de cariz adotivo do Hélder.

Neste enquadramento o Hélder foi-nos literalmente entregue pela dita tia-avó por um lado porque confiava absolutamente em nós e por outro porque assumia que não possuía as condições de disponibilidade para tarefa tão delicada. No desenvolvimento deste relacionamento o menino foi-nos algumas vezes entregue aos nossos cuidados, algumas com eco na comunicação social.

Este relacionamento desenvolveu em nós uma especial afeição, amor e carinho paternal pelo Hélder, que passou a fazer parte essencial das nossas vidas e que, para nossa superior satisfação, era correspondido nas reações naturais de afeto próprias de uma criança que se apresentava carente de afeto filial.

Por quezílias entre a tia-avó e outros familiares do Hélder, a que eramos completamente alheios, inesperada e abruptamente, conforme nos foi entregue foi-nos retirado, sendo-nos imposto para acalmar a família e o ambiente onde esta se movimenta, a constituição do laço de padrinhos batismais como forma de criar um vínculo bastante para justificar a sua permanência junto a nós e, antecedendo a criação de um laço mais forte e formal relativamente ao Hélder.

Todo o desenvolvimento desta situação culminou no estabelecimento de laços profundos de amor paternal entre nós e o Hélder que nos obrigam a não deixar cair este assunto e, ao invés, porque o menino o merece e estamos convictamente empenhados em o proteger, criar e educar com todos os nossos meios e vontade, defender a nossa posição nos meios próprios ao nosso alcance e até onde o afeto que já nutrimos pelo menino, que o merece e espera ter, nos der força para lutar, esperando que todos os intervenientes comunguem deste nosso são espírito fraternal e que tem como único objetivo a efetiva felicidade do Hélder.

Por ser verdade assim o declaramos e subscrevemos:

Eduardo Beauté e Luís Borges»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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