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Nacional
Redação Lux  com Vasco Pereira em 7 de Novembro de 2014 às 09:51
São José Correia: «Nunca me apaixonei por uma mulher porque nunca aconteceu»
Não é fácil deixar São José Correia sem resposta. Frontal, espontânea e divertida, a atriz revela-se uma mulher madura, sem preconceitos e com um espírito livre.

Acima de tudo, feliz: «Se tivesse como objetivo primordial o casamento e se tivesse chegado aos 40 sem me casar, se calhar seria frustrada e infeliz. Mas como a minha prioridade foi sempre ser livre e absolutamente inde- pendente, monetariamente, de cabeça e profissionalmente, os meus objetivos estão atingidos.»

Numa entrevista intimista à Lux,São José Correia confessa as suas inseguranças, desvenda uma timidez escondida e fala sobre as suas experiências amorosas. Tudo com a verdade à flor da pele, como sempre nos habituou.



Deixamos aqui um excerto da entrevista publicada, em exclusivo, na edição 577 da Lux.

Lux - Já assumiu que teve envolvimentos com mulheres. É verdade?

S.J.C. - Sim, é verdade.

Lux - Chegou a apaixonar-se por uma mulher?

S.J.C. - Não, nunca.

Lux - Foi só uma curiosidade, uma atração?

S.J.C. - Física, sim¿

Lux - Isso faz de si bissexual?

S.J.C. - Não, isso faz de mim uma pessoa

inteligente, faz de mim uma pessoa livre.

Eu não gosto de rótulos. A bissexualidade é só mais um rótulo, isso não é importante.

Lux - Não se vê a amar uma mulher?

S.J.C. - Até agora, nunca me apareceu uma mulher por quem me apaixonasse, é só por isso. Não tenho qualquer tipo de preconceito nem tenho limites. Não me imponho limites de modo nenhum.

Lux - Acha que nunca aconteceu porque ao

pensar num companheiro, pensa num homem?

S.J.C. - Sim, mas eu não penso num companheiro. Tenho 40 anos, não sou casada, não vivo nem penso viver com ninguém, portanto essa coisa do companheiro, seja homem ou mulher, não me passa pela cabeça.

Lux - Referia-me a ter uma relação, um namoro¿

S.J.C. - Não penso muito sobre isso¿ Provavelmente, nunca me apaixonei por uma mulher porque nunca aconteceu, porque eu não me imponho nada. Acho que é uma coisa natural. E também não procuro isso, porque houve uma altura em que era quase obrigatório, para se sentir moderno, ser bi ou homossexual, ou qualquer outra coisa. Arranjar um termo, um conceito, um rótulo. Eu não gosto de rótulos, acho que limitam as pessoas, e isso é feio.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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