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Morreu ator e encenador João Miguel Rodrigues
João Miguel Rodrigues
Redação Lux em 20 de Maio de 2012 às 22:33
O ator e encenador João Miguel Rodrigues, de 44 anos, morreu hoje à tarde, no Hospital de S. José, em Lisboa, vítima de derrame cerebral, disse à agência Lusa o encenador Jorge Silva Melo.

João Miguel Rodrigues sentiu-se mal na sexta-feira, tendo sido transportado para o Hospital de S. José, onde deu entrada em estado de coma e lhe foi diagnosticado um derrame cerebral, acrescentou Jorge Silva Melo.

Nascido em Lisboa, João Miguel Rodrigues fez o curso da Comuna, em 1987, onde se estreou como ator na peça «O Despertar da Primavera», de Frank Wedekind, numa encenação de João Mota. Mais tarde, fez também o curso do Instituto Franco-Português.

Como ator, dirigiu e participou em vários espetáculos entre os quais «Acabar de Vez», a partir de textos de Stig Dagerman, «A última gravação de Krapp», de Samuel Beckett, e «Tristão e o aspeto da flor», de Francisco Luís Parreira.

O ator foi um dos fundadores do Teatro de Inverno, onde trabalhou como assistente e ator no espetáculo «Peça Alter Nativa», de Finn Iunker, e onde encenou «Flash-Back», de Denis Mpunga.

No cinema participou em «Tarde demais», de José Nascimento, e em curtas-metragens de José Barahona.

Entre 2004 e 2011, João Miguel Rodrigues trabalhou nos Artistas Unidos, tendo representado em peças como «No papel da vítima», dos Irmãos Presniakov, «Conferência de Imprensa e outras Aldrabices», de Harold Pinter, Antonio Onetti e Antonio Tarantino, entre outros, «Os animais domésticos», de Letizia Russo, e «A fábrica de nada», de Judith Herzberg.

«Últimas palavras do gorila Albino», de Juan Mayorga, «Seis personagens à procura de autor», de Luigi Pirandello, «O peso das razões», de Nuno Júdice, «Rei Édipo», a partir de Sófocles - levada à cena no Teatro Nacional D. Maria II -, e «O quarto», de Harold Pinter, foram outras das peças que representou nos Artistas Unidos.

Além de ator, João Miguel Rodrigues colaborou várias vezes como assistente de encenação de Jorge Silva Melo, tendo encenado a peça «Lilás», de Jon Fosse, levada à cena em 2007, no Centro Cultural de Belém.

Em 2011, voltou a trabalhar com o Teatromosca, de Sintra, onde criou o espetáculo «Europa», a partir de textos de John Berger, de quem já interpretara «Dog Art».

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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