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Nacional
Ópera «O Gato das Botas», de Montsalvatge, em Lisboa
Teatro São Carlos (ARQUIVO)
Redação Lux em 17 de Dezembro de 2012 às 18:05
A ópera «O Gato das Botas», de Xavier Montsalvatge, sobe quarta-feira à cena, no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), em Lisboa, com encenação de Emilio Sagi e direção musical de João Paulo Santos.

Esta ópera, numa versão do compositor César Viana, cantada em português, é destinada ao público infantil e estará em cena, no palco lírico lisboeta, na quarta e quinta-feira, às 20:00, e nos próximos sábado e domingo, às 16:00.

O elenco é constituído por Ana Franco, no papel de «gato», João Merino, no de «moleiro», Bárbara Barradas, como «princesa», Diogo Oliveira, na personagem de «rei», e João Oliveira, na de «ogre».

A ópera, em um ato e cinco cenas, com libreto de Néstor Luján, segundo o conto homónimo de Charles Perrault, foi composta por Xavier Montsalvatge na década de 1940.

Com pouco mais de uma hora, a ópera conta, segundo João Paulo Santos, com «momentos poéticos, sérios, de ballet, duetos, árias e momentos descritivos».

«O Gato das Botas», segundo comunicado do TNSC, foi «um grande êxito em dezembro do ano passado, no Teatro Camões», também em Lisboa.

À semelhança de 2011, no TNSC é agora retomada a produção apresentada no Teatro Real de Madrid, em 2005, com cenografia e figurinos da designer de moda Agatha Ruiz de la Prada.

Cada récita conta com «uma orquestra de câmara, com cerca de 20 elementos, com instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa», e ainda com quatro bailarinos, de acordo com o comunicado do teatro.

O catalão Xavier Montsalvatge (1912-2002) «atingiu uma posição proeminente na música espanhola, com o êxito internacional das suas «Cinco Canciones Negras» (1945), ainda hoje a sua obra mais apreciada», afirma Sérgio Azevedo, numa nota que acompanha o programa.

«Compositor eclético, que tocou em todos os géneros e utilizou estilos e técnicas diversas», Montsalvage manteve um interesse constante pelas expressões populares da Península Ibérica e «pelas suas ramificações mediterrânicas e atlânticas, nomeadamente pela música das Antilhas».

Sérgio Azevedo afirma que, «passados que são quase 10 anos do seu desaparecimento, a sua música está novamente a despertar interesse e a ser publicada e gravada».

«O Gato das Botas» estreou-se em janeiro de 1948, no Teatre del Liceu, em Barcelona, mas só foi editada em disco, pela primeira vez, em 2006, numa direção do maestro Antoni Ros Marbà, tendo a gravação sido nomeada para os prémios Grammy.

Apresentada em Nova Iorque, em 2010, provocou «enorme entusiasmo, quer no público, quer na crítica», lembra o TNSC.

Para Sérgio Azevedo, a ópera «inspira-se, à vez, na zarzuela e na ópera clássica, com reminiscências mozartianas».

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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