Estas «velhas» e «novas» tecnologias invadiram de tal forma a nossa vida que é difícil as crianças viverem sem elas. Ou, pelo menos, julgam que assim é...
Por outro lado, pais e mães são muitas vezes também levados por estas novas tendências ou, muito simplesmente, empurrados para elas pelos seus filhos, de forma a «não perderem o comboio», deixando-se dominar (esmagar?) por toda a informação instantânea e permanentemente disponível.
Muitas dúvidas persistem ainda no ar, entre pais, mães, educadoras, professores e mesmo pediatras, em relação à melhor forma de lidar com todos estes aspectos, em especial como estimular ou pelo menos não comprometer ou espartilhar o desenvolvimento da criança nos seus diferentes aspectos
académicos, culturais, emocionais e sociais, ao mesmo tempo que se considera necessário algum controlo sobre a informação disponível, eliminando aquela que seja considerada inútil, desnecessária ou mesmo perigosa.
Em especial, algumas perguntas necessitam de resposta, como:
Qual o papel que a televisão, a rádio e a Internet podem ter no desenvolvimento da criança, nos seus diferentes aspectos académicos, culturais, sociais e emocionais?
Até que ponto esta infl uência é benéfi ca e desejável ou, por outro lado, perigosa e a evitar? Que critérios deverão ser usados, que filtros devem ser implementados de forma a conseguir, na medida do possível, algum controlo sobre a informação disponível?
Como podem os pais lidar com esta nova realidade sem deixar que os seus filhos fiquem expostos a situações desagradáveis ou mesmo perigosas?
Que tempo deve uma criança utilizar para ver televisão, ouvir rádio ou navegar na Internet? E deve fazê-lo
sozinha ou acompanhada por um adulto? Como seleccionar os programas a ver e ouvir ou os sites a visitar?
Que regras devem ser seguidas pelos pais para que, não deixando de estimular a curiosidade das crianças, sejam capazes de limitar os riscos que determinados conteúdos ou comportamentos podem suscitar?
Qual o papel dos meios de comunicação social e dos seus profissionais na regulação dos conteúdos que pretendem transmitir às crianças?
Como podem as revistas especializadas para pais e mães influenciar todo este processo e ajudar os casais a enfrentar serenamente estas dificuldades?
Para responder a estas e a muitas outras perguntas, a Clínica Gerações vai promover o FÓRUM: CRIANÇAS E PAIS NUM MUNDO MULTIMÉDIA, que decorrerá nas instalações da Universidade Católica, em Lisboa, no sábado, dia 9 de Maio, entre as 11h e as 13h.
Estarão presentes alguns nomes bem conhecidos do universo multimédia em Portugal, como José Alberto Carvalho (jornalista da RTP), Pedro Ribeiro (jornalista da Rádio Comercial), Filomena Pereira (técnica do Ministério da Educação envolvida no projecto «Magalhães») e Maria Jorge Costa (directora da revista Pais e Filhos).
Também eu participarei, bem como a minha colega Mónica Pinto (pediatra do desenvolvimento). A entrada é livre e todos os leitores da LUX estão, desde já, convidados a aparecer. Durante o debate, um grupo de educadoras estará disponível para tomar conta das crianças que os pais queiram (ou tenham de)levar. Este fórum foi idealizado a pensar em si. Conto consigo.
Paulo Oom
Contacto:Clínica Gerações
Tel.: 21 358 39 10
