O jornalista e escritor Michel Taubmann, autor de uma biografia sobre Dominique Strauss-Kahn, partilhou hoje, em declarações à RTL e France Soir, a sua visão dos acontecimentos que relacionaram o ex-diretor do FMI e Nafissatou Diallo, afiançando que este teve uma relação consentida de «não mais de 6 minutos» .
«Estou convencido, pelas informações que fui recolhendo no contacto com diversas fontes, que DSK teve uma relação consentida com esta empregada de hotel, uma relação que não durou mais que alguns minutos. 6 minutos, sem dúvida, pela reconstrução feita pelo meu amigo, o jornalista americano especialista em matérias criminais, Edward Epstein. Mas em nenhum momento houve violência(...) Ele cometeu um ato irrefletido (...) Muitos homens agiriam certamente como ele, tenho a certeza. Eu próprio, talvez... É um homem que adora os riscos e teve azar...»
Recorde-se que o procurador de Manhattan vai pedir esta terça-feira ao juiz para que sejam retiradas todas as acusações contra Dominique Strauss-Kahn por entender que aquelas não se podem provar «sem dúvidas», noticiou o New York Times.
O procurador apresentará uma moção em que recomenda ao juiz Michael Obus que retire as acusações contra Strauss-Kahn, já que a acusação contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional não se pode provar «sem qualquer dúvida», indicaram fontes anónimas citadas pela edição eletrónica daquele diário nova-iorquino.
O Ministério Público vai entregar toda a documentação da investigação, que incluirá a cronologia do caso e «detalhes nunca antes revelados» que colocam em causa a credibilidade de Nafissatou Diallo, a imigrante guineense que acusou Strauss-Khan de agressão sexual, acrescentam as mesmas fontes.