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Nacional
Mísia e Victor de Sousa homenageiam Amália Rodrigues
Amália
Redação Lux em 25 de Julho de 2012 às 12:54
A fadista Mísia, o ator Victor de Sousa e o grupo Alma de Coimbra participam no domingo numa homenagem à fadista Anália Rodrigues, no Panteão Nacional, onde se encontra sepultada desde 2001.

A iniciativa é de um grupo de admiradores da fadista falecida em 1999, entre eles a sua última secretária, Leonilde Henriques, e que se autointitula «Os Amalianos».

«Pretendemos homenagear a maior voz de Portugal no mês do seu aniversário», disse à Lusa Leonilde Henriques.

Segundo os registos oficiais, Amália da Piedade Rebordão Rodrigues nasceu em Lisboa, no dia 23 de julho de 1920. Nas diferentes entrevistas que deu em vida, a fadista afirmava que tinha nascido «no tempo das cerejas», nunca precisando a data.

A homenagem, com entrada livre está prevista para as 16:30, «abrirá com uma introdução feita pelo ator Víctor de Sousa».

O grupo Alma de Coimbra, com arranjos corais e instrumentais de Augusto Mesquita, interpretará temas do repertório da fadista como «O fado de cada um», «Fado Amália», «Gaivota» ou «Fado português», e ainda temas de José Afonso como «Menina dos olhos tristes» ou, de Cesária Évora, «Sôdade».

Augusto Mesquita foi o autor dos arranjos interpretados pelo Coro dos Antigos Orfeonistas de Coimbra, quando da cerimónia de trasladação do corpo da fadista para o Panteão.

«O Alma de Coimbra apenas canta música portuguesa ou da lusofonia, e reconhecemos o grande valor artístico de Amália, daí termos escolhido quatro temas seus quando publicamos o nosso primeiro CD», disse Augusto Mesquita.

O coro será acompanhado por Inês Mesquita ao piano, Luísa Mesquita, no contrabaixo, e Daniel Tapadinhas, no trompete.

A fadista Mísia, que será acompanhada por Luís Cunha (violino), Sandro Daniel Costa (guitarra portuguesa), João Bengala (viola) e Pedro Santos (acordeão), interpretará temas do seu repertório como «O manto da Rainha», um tema de sua autoria que canta no Fado Menor, e que é uma homenagem à diva.

Em declarações à Lusa, Mísia defendeu a contemporaneidade do legado de Amália Rodrigues que, «durante décadas, esteve presente nas programações dos melhores palcos do mundo».

«Amália nunca vai morrer, pelo contrário, ela torna-se mais contemporânea através da sua obra e da sua influência cultural e musical nas novas gerações», disse a fadista.

«Eu sinto ¿ prosseguiu Mísia ¿ que o mito amaliano, foral e universal, tem de facto uma força que o tempo reafirma».

Mísia, que interpretará «Rapsódia Amália», afirmou que, «no ano da oficialização do fado como património imaterial da humanidade», este «não tem melhor representante do que Amália Rodrigues».

Referindo-se à cerimónia de domingo a fadista afirma-se «honrada» por participar, e refere-se a ela como um «ritual de evocação», celebrado regularmente, «graças à incomensurável saudade e incansável empenho de Leonilde Henriques».

A fadista Amália Rodrigues protagonizou uma das mais internacionais carreiras da música ligeira portuguesa, tendo atuado nos mais diversos palcos, do Olympia, em Paris, ao Lincoln Center e o Holywood Bowl, nos Estados Unidos, onde gravou o primeiro álbum.

A fadista e atriz atingiu recordes de popularidade em países como o Japão, México, Itália, França, Roménia, Líbano, Brasil e Estados Unidos, onde atuou ao lado de Marlene Dietrich, Edith Piaf e Danny Kaye entre outros.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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