Michael Richards, o eterno "Kramer" da série Seinfeld, prepara-se para lançar um livro de memórias, intitulado "Entrances and Exits" (Entradas e Saídas, em tradução literal), já no próximo mês.
O ator, atualmente com 74 anos, falou sobre o seu afastamento após ter proferido uma expressão racista num espetáculo de comédia em 2006, na Laugh Factory, em Los Angeles, que ditou o fim da sua carreira. Kramer evidenciou à revista People que ficou “imediatamente arrependido” e garantiu que não está "à procura de um regresso".
“A minha raiva estava espalhada por todo lado e veio ao de cima de forma forte e rápida. A raiva é uma grande força, aconteceu. Em vez de fugir disso, mergulhei fundo e tentei aprender com isso. Não foi fácil. Não sou racista. Não tenho nada contra negros. O homem que me disse que eu não era engraçado tinha acabado de dizer o que eu vinha a dizer para mim há algum tempo. Senti-me humilhado. Queria metê-lo em baixo”, declarou.
Recorde-se que o ator e humorista recusou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood e diversas propostas para apresentar o Saturday Night Live. “Não me sentia merecedor. Nunca fiquei realmente satisfeito com o meu desempenho em Seinfeld. A fama ampliou as minhas inseguranças. Nunca conseguiu conectar-me com a alegria de ser um artista. Era um bom ator, mas não me sentia confortável sendo a personagem, não sendo eu”, explicou.