Nafissatou Diallo, a mulher que acusou Dominique Strauss-Kahn de agressão sexual deu entrada esta segunda-feira com um processo civil contra o ex-diretor do FMI, num tribunal de Nova York, no qual exige uma indemnização, cujo valor não foi revelado.

A empregada de hotel que acusa Strauss-Kahn de a ter «atacado sexualmente de maneira brutal e violenta» apresentou a denúncia no tribunal civil do Bronx, atrav+es do seu advogado, Kenneth Thompson.

Nesta ação civil, Diallo acusa Strauss-Kahn de «danos psicológicos e físicos, assim como permanente prejuízo profissional e na sua reputação, além de forte abalo emocional, do qual não se poderá recuperar.»

«Esta ação serve para reparar o violento e sádico ataque de Dominique Strauss-Kahn contra Nafissatou Diallo quando a agrediu sexualmente num quarto do hotel Sofitel de Manhattan em 14 de maio de 2011», cita a AFP.

O documento destaca ainda que Diallo «aparentemente não foi a única vítima de Dominique Strauss-Kahn», referindo-se à denuncia de tentativa de violação apresentada pela escritora Tristane Banon, em França.

Os advogados de Strauss-Kahn, William Taylor e Benjamin Brafman, garantiram que a empregada e o advogado dela, Kenneth Thompson, só intetam lucrar com o processo. «Nós temos afirmado desde o princípio que a motivação do sr. Thompson e da sua cliente é fazer dinheiro. A apresentação do processo põe um fim a qualquer dúvida sobre esta questão. O processo civil não tem qualquer mérito e o sr. Strauss-Kahn defender-se-à vigorosamente».

Strauss-Kahn está atualmente em liberdade sob palavra. O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) é acusado de sete crimes na justiça penal, entre eles a tentativa de violação, contra a empregada do hotel Sofitel de Nova York, que alega ter sido atacada no dia 14 de maio. Recorde-se que, no entanto, a descoberta de contradições por parte da suposta vítima, que teria antecedentes criminais, veio tirar credibilidade à acusação.

A próxima audiência do processo penal está prevista para o dia 23 de agosto.