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Moda e Beleza
Fotos: Felipe Oliveira Baptista apresenta coleção em Paris
Felipe Oliveira Baptista - primavera-verão 2013 Semana da Moda de Paris Foto: Reuters
Redação Lux em 26 de Setembro de 2012 às 18:11
O designer de moda Felipe Oliveira Baptista vestiu hoje, em Paris, a primavera de 2013 com peças de cores discretas, mas de formas marcadas e padrões fortes, inspiradas na «liberdade» e na «força da criatividade» do grafiti e do hip-hop.

No ginásio do velho liceu Buffon, no XV bairro da capital francesa, sobre um chão negro, cortado por bancos corridos, de madeira, e entre as linhas amarelas do campo de jogos, caminharam azuis, castanhos, brancos, verdes. Quase todos estampados.

Mantidas em segredo até ao início do desfile, as propostas mais recentes do também diretor criativo da marca francesa Lacoste desenham-se com linhas retas, simples e fortes, como os padrões, trabalhados, detalhados, sofisticados e, muitas vezes, conjugados. Com apontamentos em vermelho, amarelo, laranja.

Felipe Oliveira Batista vestiu a primavera com personalidade forte, com a «liberdade», a «espontaneidade» e «a força da criatividade» dos movimentos de hip-hop e de grafiti, contou aos jornalistas.

«Ao nível do grafiti, [por exemplo,] quando eles começaram a [desenhar (tag)] os nomes, as letras eram aumentadas, dissecadas, transformadas. Eu tentei aplicar essas mesmas lógicas ao meu estilo no corte das peças, nos volumes, e também na utilização dos estampados», explicou.

As peças em pele foram «todas estampadas e coladas com jerseys», e havia um seda-nylon translúcido imprimido, que foi, tecnicamente, uma proeza que, confessou, o deixou «bastante contente». O criador português acredita que «os têxteis são, hoje em dia, grande parte da [inovação na] moda».

O segredo manteve-se, como é já costume, porque, acredita o criador, «é bom uma pessoa chegar e não saber nada». O que conta mais, diz, «é o impacto que a pessoa sente quando vê [as propostas], sem ter a priori».

«Eu acho que, [independentemente das] razões por que faço as coisas, ou de onde as coisas vêm, as roupas têm que falar por si», defendeu.

Para Felipe Oliveira Baptista, que reside em França há uma década, estrear em Paris é «mística», mas também «realidade comercial». É por aqui, lembra, «que passam todos os compradores». A passerelle da capital francesa é «uma plataforma mais fácil de visibilidade».

O designer de moda disse ainda esperar que «um dia aconteça» poder comprar-se roupa sua em lojas portuguesas, mas acrescentou que não tem prevista a abertura de uma loja de distribuição própria em Portugal.

A dar esse passo será em França, na capital. E, avançou, pode ser que seja para o ano, «para assinalar os dois anos da marca». Ainda não está nada decido. Até porque pode ser isso, disse, «ou uma surpresa em Portugal».

Felipe Oliveira Baptista estreou-se na semana de pronto-a-vestir de Paris em setembro de 2009, com o apoio do Portugal Fashion.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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