O escritor José Luís Peixoto afirmou-se «contente», esta segunda-feira, por ter sido o primeiro distinguido com o Prémio Salerno Livro d¿Europa, no valor de 5.000 euros.
O escritor, de 38 anos, foi distinguido pela obra «Livro», entre quatro outros escritores europeus, com menos de 40 anos.
«As notícias destes prémios correm sempre bem», disse à Lusa o escritor que acrescentou: «Foi muito bom [ter sido reconhecido], tanto mais que este foi um livro muito importante para mim».
«É um livro que parte de um tema que é sensível de tratar, e que para mim foi um pouco ambicioso abordar porque não o vivi, que é a emigração para França, e dessas migrações que tocaram muito as pessoas», explicou o escritor.
Num período em que os portugueses voltam a projetar o seu futuro passando pela emigração, o escritor referiu que o livro «tem infelizmente tem essa atualidade».
O «Livro» foi recentemente publicado em Itália pela Einaudi, e os outros finalistas foram a escritora francesa Jakuta Alikavazovic, autora de «La bionda e il bunker», na tradução italiana, o suíço romanche Arno Camenisch, autor de «Dietro la stazione», o italiano Paolo Di Paolo, que escreveu «Mandami tanta vita» e a alemã Judith Schalansky, autora de «Lo splendore casuale delle meduse».
O júri foi ¿constituído por 50 leitores e 50 personalidades ligadas ao meio editorial italiano¿, esclarece em comunicado a editora Quertzal.
«Livro» foi publicado em Portugal em 2010, pela Quetzal Editores, e foi também finalista do Prémio Femina, atribuído em França.
LUSA