Carolina Salgado faltou, esta quarta-feira, ao início do julgamento de mais um processo que a opõe contra o seu antigo companheiro Pinto da Costa, estando agora a ser acusada de furto e de abuso de confiança.

A arguida encontra-se, segundo o seu advogado, «ausente no estrangeiro, não tendo conseguido regressar a tempo de estar presente na audiência, conforme era sua intenção».

Na origem do processo esteve uma queixa de Pinto da Costa contra Carolina Salgado segundo o qual esta se teria apropriado indevidamente de vários objectos da habitação que partilhavam na Madalena (Gaia) antes da separação em Abril de 2006.

A arguida terá também retirado indevidamente, segundo a acusação, uma determinada quantia (30.300 euros) da conta conjunta do casal.

Pinto da Costa, que se constituiu assistente no processo, foi o primeiro a prestar depoimento, relatando ao tribunal que após a separação de Carolina deu hipótese a esta de ficar com a casa da Madalena ou com uma segunda habitação também em Gaia.

Carolina terá optado pela segunda habitação, situada na Rua Clube dos Caçadores, e no dia da entrega das chaves da primeira Pinto da Costa alega ter encontrado a casa «completamente destruída e sem nada».

«Ela apropriou-se de todos os bens que estavam na casa», salientou, acrescentando que «quem destrói a casa e retira as coisas não é para devolver».

Terão sido levados por Carolina, segundo enumerou Pinto da Costa, várias mobílias, sofás, televisores, colecções de garrafas de vinho do Porto, canetas, livros e quadros.

Pinto da Costa contou ter logo apresentado queixa às autoridades que acabaram por «fazer uma busca a casa dela» na qual, numa das garagens, encontraram parte dos objectos alegadamente furtados.

Também da casa da Rua do Clube dos Caçadores, que funcionava «como museu», Carolina terá subtraído vários itens, depois de trocar as fechaduras sem conhecimento do ex-companheiro.

Entre os vários artigos consta um quadro de Cargaleiro, que Pinto da Costa recuperou quando a irmã de Carolina (Ana Salgado) o devolveu «a pedido Luís Filipe Vieira».



Sobre a conta conjunta, da qual Carolina terá subtraído mais de 30 mil euros, Pinto da Costa explicou que o nome da arguida constava da mesma para que «em caso de morte» a mesma pudesse usufruir da quantia, visto não ser herdeira natural.

Contudo, «nem ela nem ninguém fez qualquer movimento nessa conta», garantiu.

O julgamento prossegue a 16 de Abril no Tribunal de Gaia, data em que Carolina irá, segundo o seu mandatário, prestar depoimento.

No mesmo dia deverão ser ouvidas as testemunhas Reinaldo Teles, Fernando Póvoas e a própria irmã de Carolina, arrolada pela acusação.