Nuno Santos manifestou-se esta terça-feira «consciente» de que está a «servir de exemplo» para que «o poder político mostre à classe jornalística como se deve comportar», afirmando não subsistirem dúvidas de que foi alvo de «saneamento político» da RTP, ao contrário do que diz Miguel Relvas .
«Tenho consciência que estou a servir de exemplo, como outros serviram no passado, para que o poder político mostre à classe jornalística como se deve comportar», afirmou o ex-diretor de Informação (DI) da RTP, numa conferência de imprensa em que explicou a sua posição relativamente ao processo disciplinar que lhe foi movido pelo Conselho de Administração da RTP, que pode levar ao seu despedimento.
Quanto à natureza «política» de um «saneamento» de que se diz alvo, Nuno Santos afirmou que «se dúvidas subsistissem que esse saneamento existiu, elas foram dissipadas com a decisão ilegal e ilegítima do Conselho de Administração da RTP que teve a cobertura e intervenção do poder político, e isso deve merecer uma reflexão profunda a todos nós, jornalistas, e à sociedade portuguesa, em geral».
Instado a sustentar esta afirmação, Nuno Santos remeteu para eventuais declarações a prestar proximamente na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), que indicou na semana passada a intenção de iniciar um inquérito específico ao incidente da demissão do ex-diretor da RTP.
«Como disse no meu primeiro comunicado, tempos conturbados aguardam a RTP com a anunciada aquisição de parte do seu capital com o figurino que tem sido divulgado. O clima de medo instalado faz com que muitos estejam em silêncio. Que ninguém se iluda. Depois de mim outros serão atingidos», afirmou.
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