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«Tabu» nomeado para melhor filme estrangeiro pelos críticos de Londres
Fotogaleira do filme «TABU»
Redação Lux em 19 de Dezembro de 2012 às 10:23
A longa-metragem «Tabu», do realizador português Miguel Gomes, está nomeada para melhor filme estrangeiro pela Associação de Críticos de Londres, de uma longa lista de categorias divulgada hoje.

Na mesma categoria de melhor filme em língua não inglesa estão nomeados «Amor», de Michel Haneke, «Holy Motors», de Leo Carax, «Era uma vez na Anatolia», de Nuri Bilge Ceylan, e «De rouille et d'os», de Jacques Audiard.

Para melhor filme do ano pela crítica de Londres, cujos vencedores serão anunciados a 20 de janeiro, estão indicados «Amor», «Argo», de Ben Aflleck, «Beasts of the southern wild», de Benh Zeitlin, «A vida de Pi», de Ang Lee, e «O mentor», de Paul Thomas Anderson.

«Tabu», estreado este ano nas salas portuguesas, tem sido amplamente elogiado em festivais e pela crítica estrangeira desde que recebeu, em fevereiro passado, dois prémios no festival de cinema de Berlim.

Este mês estreou em mais de 40 salas em França, país que se junta a uma dezena de outros que já acolheu o filme.

A terceira longa-metragem de Miguel Gomes, «Tabu», foi eleito um dos dez melhores filmes de 2012 pelas revistas especializadas Cahiers du Cinema (França) e Sight & Sound (Reino Unido) e também pela norte-americana New Yorker.

A Sights & Sounds enaltece o uso do preto e branco para retratar a memória e o passado, esse «país estrangeiro», sem que Miguel Gomes se leve demasiado a sério a retratar as paixões de juventude em África.

Foi finalista do Prémio LUX de Cinema Europeu, atribuído pelo Parlamento Europeu, premiado no Festival de Las Palmas, em Espanha, Avvantua, na Croácia, e de Ghent, na Bélgica.

Por causa de «Tabu», Miguel Gomes esteve em novembro no festival de cinema de Turim, em Itália, que lhe dedicou uma retrospetiva integral da obra.

«Tabu», uma coprodução entre Portugal, França, Alemanha e Brasil, é um filme sobre a memória e sobre o passado, focado na personagem Aurora, uma mulher que viveu amor e traição em África e que, recorda esses tempos já durante uma velhice solitária e amargurada.

O filme, protagonizado por Ana Moreira, Laura Soveral, Carlotto Cota e Teresa Madruga, é inteiramente a preto e branco e, na segunda parte, os atores não falam, ouvindo-se apenas o narrador e a banda sonora, em jeito de homenagem de Miguel Gomes ao cinema mudo.

Miguel Gomes é autor das longas-metragens «Querido Mês de Agosto» e «A cara que mereces» e de curtas como «Kalkitos», «Inventário de Natal» e «Entretanto».

Lusa

Veja o trailer do filme:

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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