Em casos excepcionais, é necessário intervir durante a discussão, se começa a tomar proporções de catástrofe com agressões físicas mútuas. Pode ser necessário colocá-los de castigo, quase sempre aos dois e só muito raramente (se for demasiado evidente) a um. O local de castigo deve ser em separado, cada um num local diferente. Se possível, nunca tomar parte activa na discussão, dizendo quem está certo ou errado, quem tem ou não tem razão. Só vai contribuir para aumentar a rivalidade.
Como prevenir? Dê tempo a cada uma das crianças.
Individualmente, brinque com elas. É importante que cada uma sinta que tem o seu espaço junto dos pais e que não precisa de discussões para chamar a atenção. Não as compare. Cada criança tem as suas forças e as suas fraquezas, por isso não diga nunca «o teu irmão é melhor do que tu». Isso ajuda a criar sentimentos de inveja, ciúme e rivalidade, prontos a explodir em qualquer instante. Pelo contrário, elogie as qualidades de cada um e faça-os sentir como são os dois importantes e competentes em determinadas áreas. Quando possível, brinquem igualmente todos em conjunto. É importante para estimular o espírito de família e de interdependência. Deixe também que brinquem um com o outro sem a presença dos pais para que percebam que pode ser divertida a presença do outro quando estão bem-dispostos. Sempre que possível, aproveite pequenas situações do dia-a-dia para ensinar o respeito pelos outros. Qualquer discussão que observem na rua ou enquanto estão a ver um filme deve servir para reforçar a ideia do que está certo e errado na atitude de cada pessoa.
Por fim, nunca se esqueça de que os pais, como sempre, são os principais modelos para os seus filhos e, desta forma, o modo como discutem, em casa, com a mulher ou o marido, ao telefone ou na rua, vale mais do que quaisquer palavras.
