Por ocasião da edição em DVD nos Estados Unidos do filme «O estranho caso de Angélica», o jornal norte-americano «LA Times» elogiou a vitalidade e a singularidade da obra do realizador Manoel de Oliveira, ele próprio «um caso estranho».
A três meses de completar 103 anos, Manoel de Oliveira «começou ainda no tempo do cinema mudo e tem uma trajetória incomparável».
«O mais notável» não é tanto a produtividade, mas sobretudo o facto de grande parte da sua obra «continuar viva e singular», escreveu o diário de Los Angeles na edição de domingo.
Como realizador, Manoel de Oliveira demonstra uma liberdade de quem existe quase há tanto tempo como o próprio cinema:
«É a encarnação de um século de cinema», sublinha o diário, recordando o enredo de «O estranho caso de Angélica» e a história por detrás da produção.