A obra foi vendida ao lado de outras peças de arte do período pós guerra onde se encontram além de outras peças, obras de Gilbert & George, Andy Warhol ou Roy Lichtenstein.
A base de licitação da peça «Marilyn» era de 100 mil a 150 mil libras (115 mil a 172 mil euros), mas acabou por ser vendida pelo triplo do valor.
A obra, um par de sapatos gigantes, foi criada a partir de tampas e panelas portuguesas, de aço inox e cimento, e possui 1,5 metros de altura, 4,3 metros de comprimento e 2,7 metros de altura.
A peça, datada de 2009, pertencia a um colecionador privado não identificado.
«Marilyn» é uma das quatro cópias de uma primeira versão desta peça realizada pela artista portuguesa em 2007 chamada «Dorothy» e exposta na Bienal de Veneza do mesmo ano.
Segundo Vasconcelos, o objetivo da obra consistia em representar a dualidade da vida feminina, dividida entre a vida familiar em casa e a imagem pública no plano social.
Apesar de terem sido vendidos, os sapatos vão voltar a Portugal, em Março, para uma exposição no Museu Berardo.
Esta foi a segunda peça de Joana Vasconcelos a ser leiloada no espaço de sete meses, depois de «Coração Dourado» ter sido vendida, também na Christie`s, por 192 mil euros.
Em declarações à Lusa, Joana Vasconcelos expressou contentamento:
«É uma conquista importante não em termos económicos mas em termos da internacionalização da obra e do facto de eu ser uma artista portuguesa, a viver em Portugal, e de ter uma obra vendida no mercado internacional por aquele valor. É estar a equiparar os meus preços aos preços internacionais. Ao vender uma peça àquele preço, passo a pertencer a um ranking de valores e de obras», disse a artista.
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