O terceiro dia da 32.ª edição do Portugal Fashion, na Alfândega do Porto, encerrou com Luís Buchinho e Miguel Vieira como protagonistas, tendo até sexta-feira passado 15 mil pessoas no evento de moda.
Para comemorar os 25 anos de carreira de Miguel Vieira, a sala principal encheu-se para receber uma coleção especial, onde o criador regressa às origens, voltando a homenagear a mulher e a utilizar o preto e o branco, a sua imagem de marca.
«Estou muito contente, porque foram 25 anos de trabalho com muito amor, numa profissão que escolhi e se tivesse que voltar atrás tornaria a escolher a mesma, e como tal sinto-me um homem bastante realizado», afirmou o designer à agência Lusa.
Os coordenados do estilista foram preenchidos com detalhes que «às vezes não são tão visíveis», mas que «as pessoas muito rapidamente conseguem analisar» e perceber que se trata da sua marca.
No final do desfile, Miguel Vieira mostrou-se preparado e otimista em relação ao futuro: «estou inspiradíssimo para mais 25 anos».
Outro dos momentos da noite foi o desfile de Luís Buchinho ¿ que decorreu numa sala diferente e mais intimista da Alfândega do Porto ¿ na qual apresentou uma coleção «quase toda tricotada», com a etiqueta Knitwear, a sua marca de malhas.
«As malhas fazem parte do meu universo desde que comecei a minha carreira e vão continuar», justificou à Lusa.
O desfile, numa sala cheia, foi composto por «peças de uso muito versátil, inspiradas nos anos 70, que misturam cores de uma maneira um pouco estranha na sua simplicidade de formas», explicou o criador.
Buchinho considera que o seu «mercado tem crescido» em termos internacionais, embora a procura nacional se «tenha mantido».
Inspirado nos universos feminino e masculino, Diogo Miranda, mostrou as suas propostas para a próxima estação com «Lady v.s. Boyish», um trabalho criativo que mistura silhuetas elegantes e maduras, com materiais «mais brutos como o neoprene e as fazendas grossas».
Ao longo do seu percurso profissional, o criador consegue sentir uma evolução na sua marca.
«Durante todas as coleções conseguimos evoluir o nosso ADN», revelou à agência Lusa.
Para o próximo ano, Diogo Miranda tem «planos de expansão» para o mercado internacional, sem ainda revelar os países em que quer apostar.
Depois do dia ter arrancado com o Espaço Bloom, seguiu-se Meam by Ricardo Preto na passerelle principal com a coleção «Casa Corpo», destinada a uma «mulher moderna, culta, saudável e atenta aos desafios da sociedade atual».
O designer apresentou coordenados repletos de «padrões, tapetes, camuflados, paisagens, tigres e leões impressos e bordados a ouro».
A encerrar o terceiro dia do Portugal Fashion, no Porto, TM Collection by Teresa Martins apresentou «Origens», um trabalho onde as lãs, as sedas e os algodões ganham protagonismo numa «coleção versátil e intemporal».
A 32.ª edição do Portugal Fashion encerra hoje na Alfândega do Porto.
LUSA