Alexandra Moura foi a primeira a desfilar propostas nos Paços do Concelho.
A estilista portuguesa inspirou-se num «livro delicioso - Animalário Universal: Fabuloso Almanaque da Fauna Mundial», uma compilação que lhe permitiu criar os mais «insólitos animais».
Às bolinhas, riscas ou plastificados, os modelos em algodão, seda, vinil, jersey, crepe, lantejoula, mate e lã fria desfilaram em linhas rectas que ora «descolam do corpo» ou são apresentados em volumes.
E como o imaginário é animal Ana Moura apresentou as modelos com óculos «artísticos» decorados com peixes e outros símbolos.
Uma imagem artística completada com a pintura de uma das orelhas de cada um dos modelos deixadas propositadamente a descoberto com os penteados apanhados de lado.
Um desfile um tanto ou quanto teatral com peças que são montadas e reagrupadas mas que não cabem no guarda-roupa diário.
O desfile terminou com Alexandra Moura a apresentar-se na passerelle também de óculos artísticos.
O público aplaudiu. Na primiera fila a estilista contou com as presenças de algumas figuras figuras como Eduarda Abbondanza, São José Lapa, e Luis Buchinho.
Antes de Alexandra Moura já os Burgueses tinham apresentado a coleção para a estação quente.
Intitulada «Uma Ópera para o novo mundo» a dupla de criadores apresentou uma viagem à herança familiar, aos prazeres pessoais, e acima de tudo ao amor.
O branco, cinza e rosa pálido, ganharam uma nova vida em malhas jersey sarjas, cambraias e pequenos apontamentos de pele, numa coleção conseguida à custa de peças casuais coordenadas com twist.