Aos 28 anos, a vida de Demi Lovato está carregada de fases sombrias. A cantora, que é uma das estrelas infantis nascidas da Disney, desde cedo que teve dificuldade em lidar com as exigências da indústria. As drogas entraram na sua vida aos 17 anos, altura em que começaram os problemas de adição.
“Tenho muitas vidas, como o meu gato. Estou na minha nona vida”, diz a cantora na apresentação do documentário sobre a sua vida, “Dançando com o Diabo”, transmitido no YouTube e onde faz novas revelações sobre as consequências da overdose que sofreu em 2018 e que quase a matou, depois de ter sido encontrada inconsciente na sua casa em Hollywood: “Os médicos disseram que eu tinha mais cinco a dez minutos de vida. Tive três AVC, um ataque cardíaco e fiquei com lesões cerebrais. Não posso guiar um carro, porque o meu campo de visão ficou afetado”, conta.
O documentário é consequência da atitude transparente que Demi Lovato adotou há uns anos, de falar sem preconceitos de traumas e dependências. Em 2008, contou ter sofrido de bullying, no programa de Ellen DeGeneres, em 2010 anunciou a intenção de se internar numa clínica de reabilitação para jovens e adolescentes, para tratar a compulsão alimentar e a tendência para a automutilação.
A cantora, a quem foi diagnosticado transtorno bipolar aos 18 anos, conta agora mais uma parte da sua luta: “Lido diariamente com as repercussões do que fiz e elas servem para me lembrar do que pode acontecer se voltar a essa zona negra novamente. Sou grata por esses lembretes. Passaram dois anos desde que estive cara a cara com a fase mais negra da minha vida e agora estou pronta para partilhar a minha história com o mundo. Estou agradecida por ter feito esta viagem e encarado o meu passado e poder, finalmente, partilhá-lo com o mundo”, diz.