PUB
PUB
Nacional
Redação Lux em 25 de Agosto de 2013 às 16:17
Chiado/25 anos: Simulacro assinala efeméride
Redação Lux em 25 de Agosto de 2013 às 16:17
No dia em que se assinalam 25 anos após o incêndio do Chiado, em Lisboa, que destruiu vários edifícios históricos e que provocou dois mortos e cerca de 50 feridos, a autarquia realizou um simulacro na zona afetada pelas chamas em 1988.

António Costa afirmou, em conferência de imprensa, que o simulacro demonstrou que a cidade está hoje mais preparada para responder a uma situação de incêndio do que há 25 anos, mas alertou para a existência de outros riscos, «designadamente o risco sísmico» e para a imprevisibilidade de situações reais.

«Nunca ninguém está preparado para o grau de imprevisibilidade que uma catástrofe constitui», disse o autarca socialista, recordando que o incêndio de 1988 «deixou marcas irreversíveis na cidade», como a perda de lojas históricas da cidade, vários objetos de Fernando Pessoa e a partitura original do hino nacional.

«É importante lembrar [o que se passou] porque, ao recordarmos, estamos a criar as melhores condições para que nos equipemos, para que os comerciantes se protejam, para que os residentes estejam atentos e para que a construção seja diferente de forma a sermos mais resistentes a uma tragédia desta natureza», acrescentou António Costa.

Durante o simulacro, que decorreu esta manhã, os mais de 320 operacionais testaram meios e técnicas em várias ruas daquela zona histórica da capital, incluindo na Rua do Carmo e na Rua Garrett, de onde foram removidas as viaturas estacionadas e cujo trânsito esteve interrompido durante a operação.

No balanço final, o Regimento dos Sapadores Bombeiros de Lisboa deu conta de uma vítima mortal, cuja morte foi investigada pela Polícia Judicial, de 35 feridos civis e de 4 bombeiros também feridos, além de três detenções por roubo a estabelecimentos comerciais.

Em declarações à Lusa, o comandante Joaquim Sintrão, dos Bombeiros Voluntários da Pontinha, recordou o «cenário de destruição» que viveu há 25 anos nas ruas do Chiado e acredita que hoje seria mais fácil combater as chamas naquele local.

«Fomos para a Calçada do Sacramento. Chegámos às 6:45 e saímos daqui eram 11 da noite. Era um cenário de destruição, parecia que estávamos numa situação de guerra», conta.

Para este bombeiro, na altura, o principal problema foi «a falta de água», porque «o fogo era de dimensões gigantescas e estava toda a gente a tirar água das bocas-de-incêndio», mas «hoje os meios são mais modernos» e, por isso, «era capaz de ser um bocadinho mais fácil» combater um incêndio.

LUSA

Veja mais vídeos exclusivos em tvi24.pt
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção