O Presidente da República, Cavaco Silva, evocou o ensaísta Óscar Lopes como «um dos intelectuais que mais decisivamente marcaram a cultura portuguesa ao longo do último século».
Numa mensagem de condolências enviada à família do historiador da literatura, que na sexta-feira morreu com 95 anos, o chefe do Estado destacou ainda as «fortes convicções» e o «grande empenho cívico» de Óscar Lopes.
«Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da morte de Óscar Lopes, um dos intelectuais que mais decisivamente marcaram a cultura portuguesa ao longo do último século», pode ler-se na mensagem, publicada no site da Presidência da República na Internet.
«Homem de fortes convicções e grande empenhamento cívico, Óscar Lopes foi, acima de tudo, um mestre, quer para sucessivas gerações de estudantes, quer para os muitos leitores da sua vasta obra», acrescenta Cavaco Silva.
Óscar Lopes morreu na sexta-feira na sua casa, no Porto. O corpo encontra-se na Associação de Jornalistas e Homens de Letras da cidade, de onde o funeral sairá, no sábado, às 15:30, para o crematório de Matosinhos.
Nascido em Leça da Palmeira a 02 de outubro de 1917, foi professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto depois do 25 de abril de 1974, por razões políticas.
Com António José Saraiva escreveu «História da Literatura Portuguesa», cuja primeira edição data de 1955 e que especialistas consideram uma obra de referência.
Ensaios, estudos e críticas sobre literatura, linguística e cultura portuguesas são os temas abrangidos pela extensa bibliografia de Óscar Lopes.
LUSA