E também no Outono chegam-nos mais alguns sabores mediterrânicos, através dos frutos secos e da castanha. Os primeiros podem servir para polvilhar um arroz, uma salada ou uns vegetais, enquanto as castanhas podem substituir os tradicionais farináceos (arroz, massa, batata).

Podemos escolher entre todos estes alimentos. Todavia, há que ter atenção às quantidades, sem deixar de desfrutar de uma alimentação saborosa, colorida, aconchegante e agradável.

Mas porquê estar constantemente a referir a alimentação mediterrânica? Por muitas razões.

Porque é saudável, porque é saborosa e porque nos permite fazer «dieta» sem nos sentirmos tristes.

Mas também pela sua íntima ligação com a nossa cultura alimentar e de vida.

Já Fernando Pessoa o notou, nesta magistral frase do seu livro «Portugal, Sebastianismo e Quinto

Império»:«Nada há de menos latino que um Português. Somos muito mais helénicos ¿ capazes, como os gregos, só de obter a proporção fora da lei, na liberdade, na ânsia, livres da pressão do Estado e da Sociedade. Não é uma blague geográfica o ficarem Lisboa e Atenas quase na mesma latitude.»