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Como lidar com os palavrões - Parte I
Príncipes e princesas dos 0 aos 6 anos – No reino da fantasia
Redação Lux  com Paulo Oom em 15 de Agosto de 2010 às 10:01
Inicialmente pode repeti-los por graça ou porque os adultos ou os irmãos se riem quando ela os Pronuncia), mas mais tarde pode começar a usá-los como forma de se integrar no grupo de amigos, onde todos utilizam

determinado tipo de linguagem, ou como forma alternativa de se exprimir, principalmente quando se sente frustrada.

Está certo ou errado? Devemos não ligar ou deixar passar? Vamos por partes. A primeira noção que devemos ter é a de que a criança aprende os palavrões porque os ouve. E neste capítulo os pais (e os irmãos) são os principais exemplos e modelos a seguir.

Se a criança ouve, nem que seja esporadicamente, um palavrão em casa, sente-se imediatamente à vontade para o repetir noutra ocasião, não entendendo porque possam, eventualmente, repreendê-la. Assim, a primeira medida é

banir os palavrões em casa e não permitir que os irmãos m

mais velhos tenham a veleidade de ensinar algumas palavras proibidas aos mais novos.

Apesar de todos os cuidados, apenas podemos tentar controlar o que se passa em família. Mas na rua, sobretudo na escola, tudo foge ao nosso controle (e de certa forma, ainda bem), pelo que a criança irá sempre aprender palavras que consideramos impróprias. Neste caso, é importante que a criança saiba que nós sabemos que ela já aprendeu essas palavras, mas seja ensinada a, apesar de as conhecer, não as proferir.

A criança deve saber que não tem qualquer necessidade de utilizar essa linguagem e que existem sempre alternativas para dizer o mesmo sem recurso a linguagem ofensiva.

Podemos ter alguma tolerância quando ela está junto de amigos, dado que a linguagem pode ter um papel importante para a aceitação dentro do grupo, mas devemos sempre mostrar-lhe que esse tipo de palavras não é de todo necessário. Podemos aproveitar situações do dia-a-dia, com outras crianças, com adultos ou mesmo na televisão, como oportunidades para ensinar o que é uma linguagem correta

e quais deverão ser as expressões a evitar.

Não deixa de ser importante, em alguns casos de

crianças mais afoitas a falar mal, ajudar a distinguir entre o jargão e a ofensa e entre o que se poderá dizer entre amigos mas não dentro de casa ou junto de familiares ou professores.

Perante a criança de 4 ou 5 anos que diz um palavrão, a nossa primeira atitude deve ser a de ignorar o facto. É a melhor forma de não dar importância e assim não alimentar a sua repetição. Mas se esta se verifica, devemos dar

um aviso de que esse tipo de linguagem não é tolerado e explicar porquê. O «não», dito de forma calma e firme, pode e deve ser utilizado para mostrar a nossa discordância com esse tipo de comportamento.

Uma alternativa, também com as crianças mais novas, é levá-la a repetir o que disse mas utilizando uma linguagem apropriada. Em vez de repreender, damos-lhe a oportunidade de se redimir e refazer a frase incorreta com a vantagem de ser elogiada no final pelo seu comportamento adequado. Se ela persiste em provocar-nos dizendo repetidamente palavras

ofensivas, a técnica de contar até três pode ser eficaz para terminar este tipo de comportamento, desde que utilizada de forma coerente (ao «três» segue-se sempre

uma consequência, como ficar de castigo) e consistente (é usada sempre que o mesmo problema se verifica).

Paulo Oom

Contacto:Clínica Gerações

Tel.: 21 358 39 10
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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