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Internacional
Woody Allen defende-se das acusações de novo documentário: 'são categoricamente falsas'
Woody Allen - Prémios do American Film Institute 09.06.17 Foto: Reuters
Redação Lux em 23 de Fevereiro de 2021 às 17:32

O primeiro episódio da minissérie “Allen v. Farrow”, que aborda a acusação de abuso sexual feita por Dylan Farrow, filha adotiva de Allen e Mia Farrow, estreou no domingo, na HBO.

O realizador de 85 anos defendeu-se das acusações feitas através de um comunicado emitido pelo seu porta-voz e divulgado pelo The Hollywood Reporter,  afirmando que a produção conta com “alegações que são categoricamente falsas” e que os “documentaristas não tinham interesse na verdade”.

“Várias agências as investigaram na época e descobriram que, independentemente do que Dylan Farrow possa ter sido levada a acreditar, absolutamente nenhum abuso ocorreu”, diz o comunicado. 

Na sua biografia, Woody Allen alega que a filha foi treinada pela mãe, ao estilo de um ensaio para representação, para dizer que foi abusada após Mia Farrow ter descoberto que Woody estava a ter um caso com outra da suas filhas adotivas, Soon-Yi Previn, com quem acabaria por se casar em 1997 e com quem cria duas filhas adotadas.

“A ideia era tão absurda que nunca falei disso. Trabalhei e continuei a trabalhar, nunca me importei. Era uma coisa dos tabloides que basicamente viviam disso. Quando és inocente essas coisas não importam. Não quis perder o meu tempo a pensar nisso. Não senti que devia uma explicação a ninguém. A investigação concluiu que eu não tinha feito nada, pelo que me centrei no meu trabalho e na minha família. Pensei que era uma perda de tempo dar entrevistas na televisão ou escrever artigos”, disse Woody Allen em entrevista ao El País por ocasião do lançamento da sua biografia,“A propósito de nada”, no verão de 2020.

Recorde-se que nos anos noventa, após separar-se de Woody Allen, Mia Farrow acusou o realizador de abuso sexual de Dylan quando esta tinha sete anos durante uma das visitas à criança. O cineasta foi investigado na sequência das acusações e considerou-se que não havia indícios para prosseguir com o caso. Uma equipa de médicos e psicólogos do Hospital Yale-New Haven, acionada pelos investigadores do New York State Child Welfare (responsável por averiguar crimes dessa natureza), concluiu que não houve abuso e o cineasta nunca foi formalmente acusado.

Em 2018, na esteira do movimento #MeToo, Dylan Farrow, filha adotiva de Allen com a sua ex-mulher Mia Farrow, voltou às acusações de abuso sexual na sua infância.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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