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Nacional
Sofia Cerveira fala no último mês do pai afastado da família: 'foi particularmente difícil'
Sofia Cerveira com o pai, o mestre de karaté Raul Cerveira
Redação Lux em 11 de Maio de 2020 às 11:44

Cinco dias depois da morte do pai, Sofia Cerveira deixou nas redes sociais, o seu desabafo pelos últimos tempos em que, por causa da pandemia, se viu afastada do progenitor. "O último mês foi particularmente difícil... Não pudemos ver o meu Pai, senti-lo, abraçá-lo, beijá-lo, mimá-lo, confortá-lo.", lamenta a apresentadora de 45 anos.

O respeito mestre de karaté Raul Cerveira, morreu no dia 6 de maio, aos 76 anos, vítima de doença.

Num emotivo post, Sofia Cerveira evidencia que nos últimos meses, o pai conheceu uma outra família, a família do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.

A apresentadora recorda ainda, com especial carinho, o dia 11 de Abril de 2020 em que juntos, enfermeiros e família, comemoram o aniversário do pai através de uma chamada vídeo. "Um momento tão bonito e emocionante, já que se celebrava também o 46.º aniversário de casados dos meus pais", lembrou.

Sofia Cerveira aproveita para dirigir os seus agradecimentos aos profissionais que acompanharam o pai nos últimos tempos da sua vida.

"Nos últimos meses, o meu querido Pai conheceu uma outra família, a família do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.

Uma família verdadeiramente especial que o acolheu e a ele se entregou com todo o seu profissionalismo. E com tudo o que alguém afastado da sua família, por força da pandemia do Covid-19, mais poderia desejar: carinho, atenção, compreensão e cuidado.

O último mês foi particularmente difícil... Não pudemos ver o meu Pai, senti-lo, abraçá-lo, beijá-lo, mimá-lo, confortá-lo.
Não sermos donos desse tempo marcou-nos a todos, para sempre. Também por isso, o meu pai foi um verdadeiro Herói!!! Assim, aqui, em nome da minha Mãe e irmãos, gostava muito de fazer um reconhecimento público de admiração e de respeito à equipa de enfermagem do Hospital de Santa Cruz, liderada pela enfermeira Casimira Carvalho.
Foi, também, através destas mulheres e destes homens que mantivemos o contacto telefónico com o meu Pai, podendo assim ouvir a sua voz. E, mais importante ainda, ouvir ele a nossa e matar as saudades gigantes.
Jamais esqueceremos o dia 11 de Abril de 2020. O dia em que todos juntos, enfermeiros e família, soprámos a velas e cantámos os parabéns ao meu Pai, através de uma chamada vídeo. Um momento tão bonito e emocionante, já que se celebrava também o 46.º aniversário de casados dos meus pais.
Uma palavra muito especial ao Dr Mikhail Costa, que foi incansável connosco e tudo fez pelo nosso Pai.
Agradecemos, ainda, à equipa de hemodiálise que acompanhou o nosso Pai em todo este processo. E a todos os assistentes operacionais, que muito generosamente trouxeram, para além de tudo, um olhar amigo e atencioso.
A nossa mais profunda gratidão vai para o enfermeiro Miguel Ângelo Castro. Amigo pessoal da família, seu aluno há 40 anos. Presente em todos os momentos. Ao ver o Miguel, o meu Pai via, de alguma maneira, a sua família. Por todo o amor que lhe dedicou nesta última caminhada de vida, o nosso muito obrigada!

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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