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Crianças
Fazer batota
Príncipes e princesas dos 0 aos 6 anos – No reino da fantasia
Redação Lux  com Paulo Oom em 29 de Janeiro de 2011 às 12:01
Jogar é fundamental para o desenvolvimento de qualquer criança. Seja com os colegas na escola, com os amigos, com os primos, com os irmãos ou com os pais, a diversão faz parte da vida da criança e é um aspeto muito importante no desenvolvimento da sua personalidade. Através do jogo, a criança estreita amizades, desenvolve o sentido de justiça, aprende regras e a saber ganhar e perder.

Mas por vezes é difícil resistir. No calor do jogo e no auge da disputa, uma pequena batota parece um meio defensável para atingir determinado fi m: a vitória. Eu diria que é inevitável, como consequência do gosto de ganhar e de ser aceite pelos outros como alguém especial.

Mas a batota não pode ser ignorada pelos pais. Pelo contrário, deve ser algo não tolerado e disso a criança não deve ter dúvidas. Como habitualmente, a prevenção é o melhor remédio. Por isso devemos ensinar os nossos fi lhos a respeitarem os outros e mostrar-lhes que, antes de tudo, a batota é uma forma de desrespeito. Por outro lado, devemos estimular a sua autoconfiança, dando-lhes atenção e utilizando com frequência o elogio quando se portam bem, para que percebam que não é necessário ganhar ou receber prémios para se sentirem realizados. É essencial que a criança considere que o importante é jogar ou competir e não necessariamente ganhar. O objetivo é a diversão e o convívio e não o prémio ou algum tipo de reconhecimento. E a ganhar, que seja ¿de verdade¿, sem batota. Terá muito mais valor.

Ao contrário do que acontece com outras situações, quando um dos nossos filhos faz batota, não podemos ignorar ou ¿sair de cena¿. Pelo contrário, pode ser necessária uma reprimenda, não deixando passar em claro essa falha.

Quando, durante um jogo com os amigos, uma criança não consegue resistir a fazer batota, apesar de avisada, a solução é, simplesmente, impedi-la de jogar. E pior do que isso, os seus amigos devem continuar a jogar, mas sem ela. Mais tarde, já depois de os amigos se terem ido embora, deverá conversar com a criança sobre esta atitude e mostrar-lhe que o mais importante é a diversão, mesmo que não se ganhe.

O castigo é uma solução quando a batota é recorrente. Obriga a criança a interromper a brincadeira e dá-lhe tempo para tentar perceber os motivos e as consequências dos seus atos. Quando complementado com uma conversa algum tempo depois, pode fazer toda a diferença.

Para estes casos recorrentes, retirar um privilégio de forma temporária, como ver televisão ou usar o telemóvel, pode ser uma atitude alternativa. O mais importante é que a batota não passe despercebida como um mal menor para atingir determinado fim.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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